Julgamento de recurso de ex-presidente Sarkozy em caso de corrupção começa na França – UOL Confere

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05/12/2022 10h44
O ex-presidente francês Nicolas Sarkozy enfrenta, a partir desta segunda-feira (5), o julgamento de recurso no caso das “escutas”, pelo qual já foi condenado a três anos de prisão em março de 2021.
Sarkozy (2007-2012) se tornou, então, o primeiro presidente condenado à prisão, em um julgamento em que denunciou “infâmias”.

“Sou um ex-presidente da República e nunca corrompi ninguém”, reiterou na segunda-feira, no início do julgamento em Paris. “Eu vim aqui para defender minha honra que foi ultrajada”, acrescentou.
O ex-presidente conservador, de 67 anos, recorreu da primeira condenação, assim como os outros réus, seu advogado Thierry Herzog e o ex-magistrado Gilbert Azibert, que receberam a mesma sentença.
O caso remonta ao início de 2014, quando os dois telefones de Sarkozy foram grampeados pelo sistema de Justiça em outra investigação sobre o suposto financiamento de sua campanha em 2007.
Os investigadores descobriram então a existência de uma terceira linha telefônica sob o pseudônimo de “Paul Bismuth”, na qual ele falava com seu advogado sem medo de ser ouvido.
Segundo a Promotoria, os dois organizaram um pacto de corrupção com Azibert, promotor da Corte de Cassação, que teria oferecido sua ajuda em um caso em troca de um cargo de prestígio em Mônaco.
Sarkozy desejava que o alto tribunal anulasse a apreensão de seus diários presidenciais no âmbito da investigação sobre o abuso de fraqueza da herdeira da L’Oréal, Liliane Bettencourt.
Os investigadores suspeitam de que Azibert tinha conhecimento prévio de informações confidenciais e tentou influenciar os conselheiros que participaram das deliberações, mas sem sucesso.
O ex-magistrado não conseguiu o cargo e a Corte de Cassação rejeitou o recurso do ex-chefe de Estado. Para sua defesa, isso desfaz as acusações de suposta corrupção.
O tribunal de primeira instância considerou, por sua vez, que havia um “conjunto de provas graves, precisas e concordantes” e que, de acordo com a lei, não é necessário que a compensação tenha sido obtida, ou que a influência seja real para cometer os crimes.
O julgamento do recurso vai até 16 de dezembro, mas a decisão deve acontecer apenas várias semanas depois.

jt-alv-tjc/mb/ap
© Agence France-Presse
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