Lana relembra carreira e exalta trabalho no Princesa: 'Não falta nada' – A Crítica

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Técnico com nove títulos do Barezão vai para a sua terceira temporada à frente do Princesa do Solimões
Técnico fez um balanço sobre a carreira e falou sobre os desafios para este ano (Gilson Mello/A Crítica)
Neste dia 14 de janeiro, quando é comemorado o ‘dia do treinador’, a reportagem do A CRÍTICA entrevistou o maior técnico da história do futebol amazonense. Com nove títulos estaduais, conquistados sob o comando dos seguintes clubes: Nacional, Rio Negro, São Raimundo e Manaus, Aderbal Lana está a caminho de sua terceira temporada à frente do Princesa do Solimões e trabalhando para alcançar ‘La Décima’ e a primeira conquista por um título do interior do Amazonas.
Mas o primeiro contato do técnico multicampeão no futebol amazonense aconteceu como adversário de um dos times locais. No comando do Mixto (MT), Lana enfrentou o Nacional, no Campeonato Brasileiro da temporada 85. Vencendo a partida por 2 a 1, não demorou para que Maneca, ex-presidente do Naça e Ivan da Silva Guimarães, que na época era tesoureiro do clube, fizesse o convite para que a ‘velha raposa’ chegasse ao nosso futebol. 
“Tudo na vida da gente está escrito, não adianta você sair de um caminho, que você vai voltar para a mesma estrada. Pelo Campeonato Brasileiro de 1985, eu vim treinando o Mixto de Cuiabá para enfrentar o Nacional. Naquele momento faltava pouco tempo para o meu contrato acabar com o Mixto e não estávamos tendo uma conversa de renovação. No jogo contra o Nacional vencemos por 2 a 1 e após esta partida o Maneca e o Ivan me convidaram para o clube, na época o Ivan era tesoureiro. Então eu cheguei ao Nacional, fiz o Brasileiro de 85, o de 86, fomos campeões estaduais em 86”, afirmou Lana. 
Conquistando títulos do amazonense de 86 e 91 pelo Nacional e 89 pelo Rio Negro, Aderbal Lana ficou de 92 a 95 longe do futebol baré. Com passagens pela Arábia Saudita, Lana retorna em 1996 ao Amazonas, novamente com convite de Ivan Guimarães, mas desta vez, a história seria feita por um outro clube que veste azul e branco. 
“O São Raimundo eu digo que foi uma nova história dentro do futebol amazonense. Porque até 96, só se falava em Nacional, Rio Negro e Fast, não se comentava sobre o São Raimundo, mesmo que à época o clube já tivesse uma história, um campo, mesmo que se tratando de um terreno fechado, com um pedaço de arquibancada e um gramado ruim. Mas novamente, em 1996, o Ivan me convida, eu ainda estava com contrato na Arabia Saudita, mas de férias no Brasil, aí ele me convida para ajudar no Estadual, eu cheguei, ficamos na terceira posição naquela ocasião. Depois disso voltei para a Arabia, cumprir meu contrato e vim em definitivo para o São Raimundo em 1997”, destacou o técnico que, pelo Tufão, venceu três títulos do Campeonato Amazonense e faturou edições de Copa Norte. 
Após vencer o Barezão em 2012 e 2015 pelo Nacional, somando quatro títulos à frente do Leão da Vila Municipal, Aderbal Lana também foi campeão dirigindo o atual clube amazonense que vem protagonizando dentro do nosso cenário. O Manaus começou sua sequência de títulos do Barezão com Lana em seu comando em 2017. Contando para a reportagem, o técnico falou sobre como essa história começou. 
“Em 2017 eu fui procurado pelo Mitoso para assumir o Manaus e aí tivemos um almoço. Neste encontro muitas coisas foram esclarecidas e definidas, o Manaus era vice lanterna do campeonato, estava atrás apenas do Holanda e faltava oito partidas, fora as finais. E a gente ganhou sete e empatou uma, fomos para a final com o Nacional, ganhamos a primeira partida e empatamos a outra, fazendo com que a gente ganhasse o título”, disse Lana. 
No Princesa desde 2021, Aderbal Lana montou um time com jogadores locais com a intenção de brigar para não cair e chegou até às semifinais do Barezão, sendo eliminado para o São Raimundo após perder a primeira partida por 5 a 2 e vencer a segunda por 3 a 2. Já na temporada 2022, mantendo a base e trazendo alguns reforços, o Princesa de Lana voltou a ser competitivo e chegou até a decisão do certame, sendo derrotado pelo Manaus na decisão. Para 2023, a intenção é continuar nas cabeças.

Lana conversou com a reportagem em Manacapuru (Gilson Mello/A Crítica)
“O pensamento é esse, eu posso dizer, até em nome do Rafael Maddy, que é a cabeça pensante deste projeto, o Princesa é um dos clubes mais organizados do estado. Sabemos que tem o Manaus, tem o Amazonas, mas eu garanto que o Princesa está no mesmo nível deles no quesito organização. Adquirimos ônibus, estamos com um CT funcionado e em breve vamos começar a construção de outro. Não falta nada neste time, os jogadores se alimentam bem, tem boa estadia, bom material de trabalho e um pagamento que vem praticamente adiantado”, exaltou Lana.
Após congresso técnico realizado na Federação Amazonense de Futebol (FAF), o Princesa conheceu o local onde irá estrear no Barezão 2023. Enfrentando o Iranduba, às 15h, o Tubarão de Manacapuru irá começar sua saga na temporada no estádio Ismael Benigno, mais conhecida como Colina. A equipe do técnico Aderbal Lana também jogará a Copa do Brasil, Copa Verde e o Campeonato Brasileiro – Série D.

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