Lenda da Fórmula 1, Lewis Hamilton revela trauma por episódios de racismo na escola: 'Jogavam bananas' – ESPN.com.br

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Lenda do automobilismo, 7 vezes campeão mundial e dono de inúmeros recordes na Fórmula 1, Lewis Hamilton é, também, uma das figuras mais eloquentes no esporte mundial na luta contra o racismo.
O piloto atua dessa forma, também, por já ter sofrido muito com o preconceito. Em entrevista ao podcast On Purpose, o britânico fez forte relato sobre como sofreu com o racismo na escola, falando sobre casos que sofria aos seis anos, incluindo até mesmo bananas sendo atiradas em sua direção.

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“Eu já sofria bullying aos seis anos de idade. Naquela escola em particular, eu era uma das três crianças negras, e apenas crianças maiores, mais fortes e valentonas me atacavam a maior parte do tempo”, disse.
“E os golpes constantes, as coisas que são jogadas em você, como bananas, ou pessoas que usariam a palavra com “N” tão tranquilas. Pessoas te chamando de mestiço, e sem saber onde você se encaixa. Isso para mim foi difícil”, completou.
Hamilton ainda citou como se sentia acoado com o sistema por ver poucas pessoas negras ao seu lado, além de ter suprimido coisas como adulto.
“Na minha escola [secundária], havia seis ou sete crianças negras entre 1.200, e três de nós éramos colocados fora da sala o tempo todo“, afirmou.
“Eu não achava que poderia ir para casa e dizer aos meus pais que essas crianças continuaram me chamando com palavrões, ou que fui intimidado ou espancado na escola hoje. Eu não queria que meu pai pensasse que eu não era forte“, acrescentou.
Indo para sua 17ª temporada na F1, Hamilton possui mais 1 ano de contrato com a Mercedes, mas tem a chance de renová-lo. Ao fim de seu relato, o piloto afirmou que vê dificuldades na possibilidade de parar de correr.
“Eu faço isso há 30 anos. Quando você parar, o que vai acontecer para combinar com isso? Nada se compara a estar em um autódromo, estar em uma corrida, estar no auge do esporte e estar na frente do grid ou passar por aquela emoção que sinto com isso. Quando eu parar, haverá um grande buraco, então estou tentando me concentrar e encontrar coisas que possam substituir isso e ser igualmente gratificantes”, finalizou.

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