Luciana Gimenez abre cobertura de 750 m² em São Paulo – Casa Vogue

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Por Rafael Belém | Fotos Ruy Teixeira | Estilo Adriana Frattini | Vídeo Mercearia Filmes | Produção Executiva Adriana Mori | Cabelo Adal Alves | Maquiagem Eliezer Lopes | Styling Gi Macedo e Fernanda Wally
06/10/2022 08h00 Atualizado 06/10/2022
Independência e liberdade. Eis o mantra de Luciana Gimenez desde que se mudou, em 2020, para este tríplex na zona sul de São Paulo. Com vista livre para o Rio Pinheiros, a modelo e apresentadora até hoje se deslumbra com o horizonte interminável da metrópole a seus pés. Não à toa, o visual foi determinante para a escolha do apartamento. “Quando entrei pela primeira vez, tudo estava completamente vazio. Mas havia um lindo pôr do sol. Tive a certeza de que moraria aqui”, revela.
Luciana se acomoda no sofá New Calvin, da Breton, no living, abaixo da arandela Girassol, design Bruno de Carvalho para a Itens — Foto: Ruy Teixeira
No living, destacam-se o par de poltronas giratórias roxas Cinnamon, da Breton, à frente de uma tela de Di Cavalcanti, a mesa de centro Leed, design Ronald Sasson para a Clami, que reúne os livros de moda da apresentadora, e, à dir., o banco Cilindro, design Murilo Weitz para a Breton, que se posiciona diante da cadeira Long Nest, da Érea, entre as portas trazidas da Espanha – ao fundo, o jardim de vasos integra o projeto de paisagismo de Bia Abreu — Foto: Ruy Teixeira
Sob a luminária pendente Suptnik, design Ana Neute para a Itens, a sala de almoço, com mesa Dune, design Lattoog para a Dunelli, revela a vista para a Marginal do Rio Pinheiros — Foto: Ruy Teixeira
O canto de leitura compreende a poltrona Jangada, de Jean Gillon, herdada do pai, e, na parede, tela de Roberto Burle Marx — Foto: Ruy Teixeira
O endereço era um velho conhecido. Afinal, Luciana passara mais de uma década no edifício ao lado, na cobertura que dividia com o então marido, o empresário Marcelo de Carvalho. A troca pelo prédio vizinho, dentro do mesmo condomínio, lhe rendeu cenas dignas de um programa humorístico – e que ajudaram a suavizar o momento conturbado do divórcio anunciado em 2018. Bastava descer o elevador e cruzar o saguão equilibrando dezenas de malas para se estabelecer na nova morada. “Isso deixou todo o processo mais delicado, tanto para mim quanto para meus filhos”, recorda. “Deu certo de uma forma gentil, não teve aquele choque.”
A lareira de pedra importada da Espanha contrasta com o painel ripado feito pela SM Marcenaria — Foto: Ruy Teixeira
Detalhe do living traz fotografias penduradas na parede com boiserie que exibem dois registros, autografados por Mick Jagger, de um encontro entre ele, John Lennon e Yoko Ono — Foto: Ruy Teixeira
Na sala de jantar, a mesa, de Fabrício Roncca, ganhou a companhia de cadeiras de inox feitas sob medida pela Dunelli, tudo diante das imponentes portas duplas de madeira trazidas da Espanha – a do fundo, quando aberta, conecta o ambiente com a área de preparo de alimentos — Foto: Ruy Teixeira
A cozinha, que mantém o mesmo piso de mármore, exibe marcenaria de estilo clássico com acabamento azul, uma das cores prediletas da apresentadora — Foto: Ruy Teixeira
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Apesar da proximidade, o lar em nada se assemelha à antiga residência. A decoração neoclássica e repleta de adornos dourados e reluzentes deu lugar a interiores contemporâneos, marcados pela tão almejada serenidade. Foi a primeira vez que a apresentadora se dedicou, de fato, a uma reforma, na qual descobriu uma experiência quase psicoterapêutica. Reconheceu-se na hesitação e pôs em xeque suas convicções, como o anseio de pintar todas as paredes de branco ou embarcar em alguma tendência. “Às vezes é difícil fugir dos modismos. Quando algo está em alta, todos ficam iguais. E o mesmo acontece na decoração”, queixa-se. “Acho lindas essas casas estilizadas, mas, para mim, decorar está mais relacionado com o que gosto. Penso que moda cada um faz a sua.”
Na suíte principal, aplicou-se a tinta Rosa Puccini, da Coral, nas paredes, emoldurando a cama, da Bad and Room, os móveis planejados e a cabeceira, executados pela Florense, e outro retrato da moradora, desta vez de Raquel Espírito Santo — Foto: Ruy Teixeira
No closet, sobre escada de acrílico, um par de tênis Prada, muito usado pela apresentadora no dia a dia — Foto: Ruy Teixeira
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Iniciou-se ali a troca com o arquiteto Renan Altera, fundador do escritório Altera Arquitetura. “Ela estava num momento importantíssimo da vida e ainda não tinha muita ideia do que buscava. Conversando bastante, conseguimos encontrar um caminho que trouxesse seu verdadeiro DNA para esse lugar”, relata. Para chegar ao resultado, foi preciso jogo de cintura, diálogo e paciência a fim de lidar, além de tudo, com os desafios impostos pela pandemia. “Interrompemos o projeto inúmeras vezes. As fábricas pararam e sofremos com os atrasos”, rememora o profissional.
Detalhe das prateleiras que abrigam a coleção de sapatos — Foto: Ruy Teixeira
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Quando os filhos estão fora, quem faz companhia a Luciana são as ilustres obras de Di Cavalcanti, Claudio Tozzi, Jeff Koons e Damien Hirst, entre muitas outras, numa composição excêntrica e destemida. Há também lembranças de viagens, como o vaso personalizado trazido de Murano, na Itália, e presentes dos mais chegados, a exemplo dos retratos de Mick Jagger, John Lennon e Yoko Ono, com direito a autógrafo, que complementam a coleção. Orgulhosa de seus objetos, Luciana nem sequer pestaneja quando vê o espaço vazio em uma das paredes da sala. Ali, imagina a presença de um quadro d’Os Gêmeos, aquisição com que tanto sonha e promete realizar em breve. Por ora, curte a presença de outro gênio da street art nacional, o artista plástico Vermelho Steam.
Foto de editorial de moda, protagonizado por Luciana e clicado por Rodrigo Borges, decora a sala de cinema — Foto: Ruy Teixeira
Em relação ao mobiliário, nada de “peças conceito e extremamente desconfortáveis”. Tão desprendidos quanto a moradora, os móveis eleitos prezam pela comodidade. “Lar tem de ser onde você gosta de se sentar, dar festa e se sente bem. Do contrário, não funciona”, decreta, com o olhar sempre passeando pelas nuvens da paisagem. “Chamo meu apartamento de casa flutuante, porque a sensação de completa liberdade desta vista até me faz esquecer que estou no topo de um prédio.”
*Matéria publicada na edição de outubro da Casa Vogue. Garanta a sua aqui.
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