Lula acerta uma e erra outra – VEJA

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Em café da manhã com jornalistas nesta quinta, 12, o presidente Lula deu novas declarações sobre os atos terroristas do último domingo, 8, acertando uma no cravo e outra na ferradura. Ou seja, sem se comprometer.
Parece-me errado, contudo.
Sobre as Forças Armadas, Lula, com razão, lembrou como os militares se portaram bem durante seus primeiros mandatos à frente do país. Também aproveitou a deixa e explicou que eles não são o que pensam que são: “o poder moderador”.
“Eu tenho a imagem das Forças Armadas desse período que eu governei e não tive nenhum problema. As Forças Armadas que sabem que têm um papel definido na Constituição. As Forças Armadas não são esse poder moderador que acham que são”, declarou o chefe do executivo.
De fato, o Exército, a Marinha e a Aeronáutica tiveram um comportamento institucional e, portanto, constitucional quando ele esteve no Planalto.
Essa visão de Lula é muito boa porque mostra que o petista está atento às mazelas geradas pela politização das Forças Armadas durante os anos bolsonaristas. Mais do que isso, sabe onde está o ovo da serpente: na leitura errada e dissimulada – que os militares fazem – do artigo 142 da Constituição.
Apesar de ter ido bem nesse momento do encontro com os jornalistas, Lula derrapou quando foi falar do seu ministro da Defesa, José Múcio.
“Quem coloca ou tira ministro é o presidente da República. O José Múcio fui eu quem trouxe para cá e ele vai continuar sendo meu ministro porque confio nele. É um companheiro de uma relação histórica, tenho o mais profundo respeito por ele e ele vai continuar”, disse Lula.
Como a coluna tem mostrado, Múcio tem buscado o caminho do diálogo com os militares, quando a hora de conversar já passou há muito tempo. Lula também é adepto da política do “deixa disso” com os militares, apesar de ter abandonado a contemporização com as Três Forças após o terrorismo na Praça dos Três Poderes.
“Nós estamos apenas há 12 dias no governo. Nós nem ainda terminamos de montar o governo, porque até agora foram indicadas poucas gentes, nós estamos num momento de fazer uma triagem profunda, porque a verdade é que o palácio estava repleto de bolsonaristas, de militares, e nós queremos ver se a gente consegue corrigir para que a gente possa colocar funcionários de carreira, de preferência funcionários civis ou que estavam aqui ou que foram afastados ou que estão em outro departamento, para que isso aqui se transforme num gabinete civil”, disse.
Ou seja, são os civis mandando nos militares. E eles batendo a continência.
A ver qual estratégia vai funcionar com os milicos.
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