Lula bate o martelo e determina divulgações das primeiras medidas econômicas ainda nesta semana – Suno Notícias

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) bateu o martelo e determinou que as primeiras medidas econômicas do seu governo sejam divulgadas ainda nesta semana. Na segunda (9), o governante repassou essa ordem à Casa Civil e ao Ministério da Fazenda.

De acordo com a apuração do jornal Valor Econômico, o petista deseja que as pastas mantenham o cronograma já estabelecido e divulguem para a nação as primeiras medidas até sexta (13).
Com as invasões em Brasília do último domingo (8), existia o receio de alguns agentes econômicos de que esses anúncios fossem adiados. Contudo, fontes da reportagem ressaltaram que que “tudo segue normal” nos ministérios e que “até quinta (12), todos os atos serão publicados e anunciados”.

As primeiras medidas econômicas do governo Lula serão voltadas para diminuir o déficit primário deste ano, e a ideia é que elas sejam implementadas tanto nas despesas quanto nas receitas.
Fernando Haddad, ministro da Fazenda, chegou a classificar o déficit primário previsto no Orçamento de 2023 como “absurdo” — o rombo é de R$ 231,5 bilhões.
Na semana passada, o chefe da equipe econômica discutiu as primeiras medidas diretamente com Lula. Além da divulgação dos planos, um dos próximos compromissos de Haddad será a participação no Fórum Econômico Mundial, que começa na segunda (16).

As primeiras simulações do impacto dos planos do ministro da Fazenda para a economia brasileira apontam que a dívida bruta pode ficar abaixo de 80% do PIB (Produto Interno Bruto) até 2030.
De acordo com a apuração do jornal O Estado de São Paulo, a dívida bruta pode se estabilizar por volta dos 76% do PIB em três a quatro anos e, depois, voltar a cair.
Os planos de Haddad focam no aumento de receitas, que somam R$ 160 bilhões, mais o resgate dos fundos do PIS/Pasep que não foram sacados, o que adiciona R$ 23 bilhões nessa conta.

A equipe econômica conta no radar com a reversão de desonerações, como a dos combustíveis, e ações extraordinárias — um exemplo dessas iniciativas é o fomento ao fim do estoque de ações do Carf, última instância para recorrer de autuações da Receita, o que pode proporcionar um impacto positivo no caixa.
Já nos gastos, o projeto trabalha com uma redução de despesas na casa dos R$ 40 bilhões. Haddad e equipe querem reduzir o rombo previsto para este ano e alcançar um cenário no qual o endividamento não seja considerado explosivo.
Assessores de Haddad ouvidos pelo Estadão dizem que o plano é crível, sem “bala de prata”, e representa um primeiro passo para o reequilíbrio das contas públicas durante o governo Lula.

Formado em Jornalismo pela Universidade Federal do Pará (UFPA), conta com extensão em Jornalismo Econômico pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). No Suno Notícias, atua como repórter de Mercado, com foco nos setores de telecomunicações, varejo, alimentos e renda fixa. Conta com passagens pelo jornal O Estado de São Paulo, como trainee de Jornalismo Econômico, e pelo site Notícias da TV.
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