Lula não terá “posto Ipiranga”, diz integrante da transição – Poder360

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Antônio Corrêa de Lacerda afirma que novo governo deve dividir atual superministério da Economia e usar Estado como indutor de crescimento
O presidente do Cofecon (Conselho Federal de Economia), Antônio Corrêa de Lacerda, que integra o grupo de Planejamento, Orçamento e Gestão do governo de transição, afirmou que o próximo governo não terá um novo “posto Ipiranga” no comando da Fazenda, em referência ao atual ministro da Economia, Paulo Guedes
Segundo Lacerda, a gestão do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deve dividir o atual superministério da Economia em 3 pastas distintas. “Quem vai executar a política econômica não é um superministro. Haverá 3 ministérios da área econômica […] e eles terão de interagir”, disse em entrevista publicada neste sábado (3.dez.2022) pelo jornal O Estado de S. Paulo.
Na avaliação do economista, o mercado ainda fica ansioso pelo anúncio do ministro da Fazenda porque ainda está usando o “software” antigo do governo Bolsonaro, que, segundo ele, tem um “posto de combustível” como ministro da Economia. O atual presidente foi eleito em 2018 com o mote de que daria autonomia a Guedes e o teria como o norte para guiar e economia. “Nosso processo é invertido”, afirmou Lacerda. 
Lacerda destacou a reinserção da política industrial como uma das prioridades do novo governo e disse que o grupo está focado na “reorganização” do Ministério do Planejamento, atualmente fundido na pasta comandada por Guedes. A intenção, segundo ele, é torná-lo um dos motores do crescimento econômico brasileiro e priorizar o combate à fome e o estímulo ao emprego e à renda. 
“O governo que vai assumir tem uma visão muito clara do papel do Estado, do Planejamento. Ao contrário do governo atual, que prega o Estado mínimo, entendemos que o Estado tem um papel fundamental como orientador e coordenador do processo”, disse o economista. 
Lacerda defendeu ainda uma nova regra fiscal que “dê conta da sustentabilidade da relação entre dívida e PIB” e contribua para uma redução do endividamento brasileiro. “O teto de gastos ruiu. E não ruiu agora na transição. Ruiu há 4 anos, pelo menos. […] A saída vai ser criar um sistema que permita ao Estado fazer política econômica”, afirmou Lacerda.
Além do presidente do Cofecon, o grupo de Planejamento, Orçamento e Gestão também é composto pelo deputado federal Enio Verri (PT-PR), pela economista e professora da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) Esther Dweck e pelo economista e ex-presidente da Fundação Perseu Abramo Márcio Pochmann.
O nome da ex-secretária da Fazenda de Goiás, Ana Carla Abrão Costa, 53 anos, está sendo cotado por Lula para assumir o Ministério do Planejamento. Além dela, os também economistas Pérsio Arida e André Lara Resende são cogitados para assumir a pasta. Ambos são favoritos para o cargo. No entanto, caso não aceitem, a ideia da equipe de transição de Lula, é indicar uma mulher com viés liberal para atrair bancos públicos.
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