Lula precisará do apoio de "neutros" para ter maioria no Senado – Poder360
Levantamento do Poder360 mostra que o ex-presidente tem apoio de 28 integrantes da Casa a partir de 2023
Levantamento do Poder360 mostra que o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) terá que procurar senadores que não declararam apoio a nenhum dos candidatos do 2º turno para ter maioria no Senado em 2023. O petista tem 28 apoios públicos atualmente, enquanto Jair Bolsonaro (PL) soma 37 congressistas ao seu lado.
Há uma parcela de congressistas que não escolheu lado e pode tornar-se decisiva para a governabilidade do próximo presidente eleito neste domingo (30.out.2022). Eis a lista completa.
Há 16 senadores que se declararam neutros no 2º turno ou que não quiseram responder. Fazem parte de partidos como PSDB, PSD, PSDB e União Brasil, que liberaram o voto de seus filiados na eleição presidencial. Ficam, portanto, abertos a negociar o apoio o novo governo.
No grupo dos neutros, está ainda o senador Giordano (MDB-SP). Ele é o único do partido que não se posicionou publicamente sobre o cenário nacional do 2º turno. Dos 10 senadores da legenda, 8 declararam apoio a Lula e uma a Bolsonaro.
O balanço de forças é determinante não só para facilitar propostas de interesse do Poder Executivo como, também, para a eleição à Presidência do Senado, em fevereiro de 2023. Tudo indica que o atual detentor do cargo, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), buscará a reeleição, em uma disputa cujos contornos dependerão do resultado das urnas no domingo (30.out.2022).
Em 2022, os brasileiros elegeram 27 senadores. Só 5 deles são reeleitos.
Bolsonaro conseguiu “virar” o apoio a seu favor em 10 Estados e no Distrito Federal. Ou seja, nesses colégios eleitorais foram eleitos candidatos bolsonaristas onde os senadores em fim de mandato apoiam Lula ou não quiseram se posicionar.
Em contrapartida, Lula “virou” o apoio em só 4 Estados: Alagoas, Maranhão, Pernambuco e Piauí.
Dos senadores eleitos nestas eleições, 18 apoiam Bolsonaro, enquanto 8 declaram voto publicamente em Lula. O senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), que se reelegeu este ano, foi o único que não se manifestou.
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