Marina defende inelegibilidade de Bolsonaro e aliados após atos golpistas – UOL Confere

Colaboração para o UOL, em São Paulo
10/01/2023 09h26Atualizada em 10/01/2023 10h57
No domingo, apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro promoveram atos terroristas em Brasília, com a invasão às sedes do Congresso Nacional, do STF (Supremo Tribunal Federal) e o Palácio do Planalto. Após o rastro de destruição, o governo federal apura quem financiou os golpistas e a responsabilidade de Bolsonaro nesta invasão.
Em entrevista ao UOL News – Manhã, Marina Silva, ministra do Meio Ambiente, defendeu a cassação dos direitos políticos de Bolsonaro, não apenas pelo envolvimento nos atos terroristas como por outras atitudes durante o seu governo.

[Sobre trabalhar com perspectiva de inelegibilidade de Bolsonaro] Com certeza. Uma pessoa que leva à invasão dos Três Poderes, no nível de vandalismo que tivemos e por tudo o que antecedeu, como a omissão… Do ponto de vista daquilo que são os meios legais e de acordo com a ação do Parlamento é a cassação, sim, dos direitos políticos. E não só dele, mas de todos aqueles que fizeram esse tipo de incentivo. Marina Silva, ministra do Meio Ambiente

Marina Silva condenou a inação do governo do Distrito Federal para prevenir e combater os atos terroristas em Brasília. A ministra do Meio Ambiente apoiou a decisão de Alexandre de Moraes, ministro do STF, em afastar o governador Ibaneis Rocha do cargo por 90 dias.
O governo federal já vinha alertando ao governo do Distrito Federal para que tomasse todas as providências. Considero acertada a decisão do ministro Alexandre de Moraes do afastamento do governador do DF. Houve uma falha por parte do DF, que dizia o tempo todo estar tudo sob controle, e não havia nenhum tipo de proteção. Marina Silva, ministra do Meio Ambiente

A ministra do Meio Ambiente classificou como “herança perversa” o legado deixado por Bolsonaro nas questões ambientais, como o combate ao desmatamento e ao garimpo ilegal na região amazônica. No cenário internacional, Marina afirmou que terá trabalho para recuperar a imagem do país como potência agrícola e ambiental.
Vamos trabalhar para alcançar a meta do desmatamento zero. O cronograma estava estabelecido antes de nossa entrada no governo. O que Bolsonaro fez foi ignorar solenemente essa meta e promover um apagão na política ambiental brasileira, o que dificulta muito.. Marina Silva, ministra do Meio Ambiente
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