Meio Ambiente terá centralidade no governo Lula, garante Rui … – O Eco

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Jornalismo Ambiental
Segundo ministro da Casa Civil, pastas como Infraestrutura e Transportes terão participação direta do MMA, além de contarem com poder decisório nos planos nacionais de desenvolvimento
O ministro da Casa Civil, Rui Costa, durante cerimônia de posse da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, no Palácio do Planalto. Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

O ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT-BA), anunciou que o governo pedirá para que todos os ministros trabalhem junto com o Ministério do Meio Ambiente para que “o meio ambiente seja visto de forma transversal em todos os Ministérios da República”. A promessa ocorreu durante a cerimônia de posse da ministra Marina Silva, ocorrida na tarde desta quarta-feira (04) no Palácio do Planalto. 
“Quando se pensar no Ministério das Cidades, no Ministério da Infraestrutura, dos Transportes, dos Portos, pensaremos na sustentabilidade do meio ambiente, no ecossistema e no equilíbrio desses projetos. Por isso quero afirmar que o Ministério do Meio Ambiente será convidado, convocado a participar desde o início de todas as concepções desses projetos. Substituindo aquela visão antiga de que o MMA só entrava quando o projeto estava pronto para analisar se estava adequado ou não ao marco legal. Vamos inverter isso”, afirmou Rui Costa, que terá entre suas atribuições, possibilitar o fluxo e o diálogo entre as pastas do novo governo.
Desde o processo de transição, a agora ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima fez questão de destacar a importância da transversalidade para o avanço das políticas ambientais no país, com o conceito básico de ampliar a pauta ambiental para além de uma pasta específica, compreendendo suas múltiplas dimensões – inclusive as mais contemporâneas –, como as mudanças climáticas e a relação entre a preservação do meio ambiente e as desigualdades sociais brasileiras. 
Costa já havia demonstrado a centralidade ambiental nos projetos do novo governo em declarações realizadas na última segunda-feira (2), durante participação no programa Roda Viva, da TV Cultura, ao ser questionado se Marina teria dificuldades para fazer da economia verde uma prioridade. “Já dialoguei e vou dialogar de forma intensa com a Marina, trazendo o Ministério do Meio Ambiente para acompanhar os projetos desde o início. Assim, poderá influenciar em alterações desde a concepção inicial. Portanto, quando o Ministério receber o projeto para avaliar, ele já vai conhecer”, sinalizou, indicando ainda que o MMA (a sigla da pasta não mudou com o acréscimo no nome) terá poder decisório nos grandes projetos de desenvolvimento nacional.
“O presidente, ao definir Marina, quis, nacionalmente e internacionalmente, reafirmar o seu compromisso com a agenda ambiental, não só no Brasil, mas no planeta”, declarou. “Então iremos abraçar a causa ambiental, iremos trazer o meio ambiente para dentro do processo decisório, ao invés de ele ser o patinho feio que nega tudo ou cria dificuldades sobre tudo”, prometeu.
O Ministério estruturado por Marina contará com seis secretarias:  de Biodiversidade, Florestas e Direitos Animais; de Meio Ambiente Urbano e Qualidade Ambiental; Mudança do Clima; de Bioeconomia; de Povos e Comunidades Tradicionais e Desenvolvimento Rural Sustentável; Extraordinária de Controle do Desmatamento e Ordenamento Ambiental Territorial e o Serviço Florestal Brasileiro. Embora nomes como Alessandro Molon, João Paulo Capobianco, Rodrigo Agostinho, Carlos Minc e Tasso Azevedo sejam nomes cotados para ocupar cargos na pasta, ainda não há a confirmação oficial de quem acompanhará a nova ministra em seus desafios para reconstruir a política ambiental brasileira. A primeira reunião ministerial do governo Lula está prevista para ocorrer nesta sexta-feira (06)
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