Meirelles: Lula deve aplicar políticas do governo dele; Dilma deu errado – UOL Economia

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Colaboração para o UOL
27/10/2022 11h03Atualizada em 27/10/2022 13h08
Ex-ministro da Fazenda do governo Michel Temer (MDB), Henrique Meirelles (União Brasil) disse, em entrevista à CNN Brasil ontem, que o candidato do PT à Presidência Luiz Inácio Lula da Silva, se eleito, deve aplicar as políticas que deram certo durante seus mandatos, e não as medidas adotadas pela sua sucessora, Dilma Rousseff (PT).
“Eu participei do governo Lula por oito anos. O que eu vi durante esse período com ele foi um governo que manteve a responsabilidade fiscal, que também manteve a independência do Banco Central, pudemos cumprir as metas de inflação, e tudo isso junto gerou crescimento e geração de emprego”.

“Eu não tenho dúvidas de que ele tem plena consciência de que deverá aplicar uma política que deu certo com ele próprio, versus políticas que deram errado em outro governo”, acrescentou.
O ex-presidente do Banco Central criticou a postura do governo Dilma Rousseff em relação à economia.
“O governo Dilma deu errado. […] Eu sei que existem pessoas que justificam aquilo que foi feito no governo dela, dizendo que foi sabotagem de empresários, mas sabemos que empresário não tem prejuízo de propósito”, disse.
Em sabatina promovida por Correio Braziliense, Rádio Clube FM e TV Brasília hoje, Lula descartou anunciar ministros antes do resultado da eleição. Questionado sobre o futuro ministro da Economia, o ex-presidente citou características que procura.
“Inteligência política, muito compromisso social, pensar na responsabilidade fiscal e também na social”, afirmou Lula. “Quando pensar em segurar o dinheiro, tem que pensar que tem gente passando fome, criança abandonada, crianças que passaram dois anos sem estudar”.
De acordo com reportagem do jornal Folha de S.Paulo, o próprio Henrique Meirelles é especulado como um dos nomes cotados para assumir a Economia em um eventual governo Lula.
Em meio aos nomes dos petistas Alexandre Padilha (SP), Wellington Dias (PI) e Fernando Haddad (SP), o ex-presidente do Banco Central chama a atenção de aliados do ex-presidente por emplacar uma disputa por fora. Meirelles já realinhou o discurso.
Em meados de setembro, por exemplo, quando abriu o voto no petista, o ex-ministro da Fazenda defendia a preservação da regra do teto de gastos, que foi elaborada justamente durante a sua gestão no governo Temer. Na época, falava que haveria um rombo de R$ 60 bilhões no Orçamento de 2023.
Nos últimos dias, porém, ele saiu em defesa dos pontos de vista do petista. Assumiu publicamente a projeção de um rombo na casa de R$ 400 bilhões no Orçamento de 2023 e passou a defender que, por isso, seria prudente uma suspensão do teto de gastos no início do próximo governo.
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Marcio Loréga

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