Messi reaviva debate sobre melhor da história, mas parâmetro é sempre Pelé – UOL

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O técnico espanhol do Manchester City, Pep Guardiola, declarou após a Copa do Mundo que Lionel Messi é o melhor jogador de todos os tempos. Com todas as ponderações. “Quem viu Pelé, Maradona ou Di Stéfano pode escolher seu favorito. Há abordagens com teor sentimental. Eu já disse que é difícil entender como um jogador compete, como ele, nos últimos 15 ou 17 anos. Para mim, Messi é o melhor”, disse.
Pelé competiu em altíssimo nível, como Guardiola afirma ver Messi fazer, por 20 anos, entre 1957 e 1977. Ouviu comparações com Di Stéfano, Eusébio, Cruyff, Maradona, Cristiano Ronaldo e Messi.
Há 65 anos, quando se quer elevar alguém ao nível mais alto, o contraponto é sempre Pelé.
Ao colocar dois argentinos na lista, além de Pelé, Guardiola permite relembrar uma antiga e preconceituosa piada sobre a suposta arrogância de nossos vizinhos. “Maradona é o melhor jogador de todos os tempos… E um dos melhores da Argentina.”
Quer dizer que, há décadas, eles não resolvem qual foi o melhor da história de seu próprio país.
Em 1999, o ponta-esquerda Felix Loustau, do River Plate da década de 1940, apelidado La Máquina, disse: “Maradona é muito bom, mas muito distante de Pelé e de José Manuel Moreno”.
Moreno foi o meia-direita daquele River, o melhor de todos os futebolistas argentinos na opinião de muitos que o viram em ação.
“Nós, argentinos, somos os únicos a discutir isso. Maradona foi Maradona, hoje é Messi. Scaloni diz que é o melhor de sempre. É o melhor da história de Messi. Antes, houve Cruyff, Di Stéfano, Pelé, Maradona. São ciclos. O que mais Scaloni poderia dizer? Messi é seu jogador”, disse Mario Kempes, campeão de 1978, ao diário espanhol El País.
Levar a batalha para os números tampouco elimina as divergências. Os europeus descartam os amistosos das estatísticas. Recentemente, o total de jogos e gols em partidas oficiais de Cristiano Ronaldo e Messi ultrapassou o de Pelé. Segue o argumento de que, em outra época, sem contratos por transmissões de TV, os amistosos eram fonte de receita do Santos, o que explica o Rei ter marcado 516 vezes nessas partidas.
No Qatar, Cristiano se tornou recordista mundial de jogos e gols por seleções nacionais. Messi detém o recorde sul-americano. Pelé marcou 767 vezes em 818 compromissos oficiais, média de 0,94, superior à de Messi (0,79) e à de Cristiano Ronaldo (0,71).
Mesmo comparando só as partidas de competições reconhecidas pelos europeus, o Rei é superior.
Messi se tornou o atleta com mais jogos (26) e vitórias (16) em Copas do Mundo. Ultrapassou Pelé em gols marcados em Mundiais, 13 a 12. Continua atrás em média, porque Pelé anotou 12 vezes em apenas 14 partidas.
Mbappé está igualzinho ao Rei nesse critério.
Messi e Maradona têm o recorde de passes para gols em Mundiais, oito cada um. Pelé deu seis, pela história oficial, que só cataloga assistências a partir de 1966. O Rei deu duas na Copa de 1958, ambas para Vavá marcar.
Há outro elemento complicador nessa disputa: o avanço da tecnologia. As chuteiras, as bolas, os gramados e os uniformes são melhores, e a televisão joga a favor dos que atuam hoje.
A manchete do diário francês L’Equipe, no dia seguinte ao tricampeonato da seleção brasileira, em 1970, dizia: “Brasil e Pelé invencíveis!”. A admiração pelo Rei estava estampada na primeira página. O mesmo jornal concedeu a Pelé o título de Atleta do Século, em 1980, 20 anos antes da virada do milênio.
A admiração era tão gigante naqueles dias quanto ficou o apreço por Lionel Messi ao fim do Mundial de 2022.
Ninguém viu Pelé e Maradona em campo todas as semanas. A Série A da Itália tinha um jogo transmitido por semana para a América do Sul. Se Maradona jogasse mal num domingo qualquer, alguém poderia argumentar que jogou bem na semana anterior. Provavelmente sem transmissão de TV.
O recorde de público da Vila Belmiro é de 33 mil espectadores, num jogo em que a arquibancada desmoronou por superlotação, em 1964. Se Pelé marcou 288 vezes no estádio do Santos, dá para deduzir que pouca gente viu o Rei em ação todas as semanas. Messi joga em alto nível quase toda quarta e todo domingo desde 2005, com televisão ao vivo para o mundo inteiro.
As transmissões poderiam ser uma desvantagem, por mostrar que também joga mal. Ao contrário, é raro ver Messi com atuação ruim. Estamos, aqui, falando só dos raros.
O argentino campeão mundial de 2022 é o primeiro da história a fazer gols na fase de grupos, nas oitavas, nas quartas, nas semifinais e na final. Não marcou contra a Polônia e não igualou Jairzinho, autor de gols de todas as partidas da Copa de 1970, como o uruguaio Ghiggia (1950), o húngaro Sarosi e o sueco Nyberg (1938).
Não havia oitavas de final nas Copas com 16 participantes. A partir da próxima edição, serão 48 seleções por Mundial.
Para ver como os tempos mudam.
Messi começou a carreira no Barcelona com a camisa 30 e ganhou a Champions de 2006 com a 19, a mesma usada em sua primeira Copa do Mundo. Quando Guardiola assumiu o Barça, dispensou Ronaldinho e entregou ao argentino o manto número 10.
Por que não lhe deu a 9 azul e grená, vestida por Cruyff, ou a 14? O mito holandês, gênio do espaço, foi inspiração para Pep escalar Messi de falso centroavante.
Por que não lhe ofereceu a 7, já que jogava pela direita?
Por que o número 10?
Até Guardiola, sem perceber, reverenciou Pelé.

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