Ministro de Energia e Minas afirma que Equad… – BNamericas

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Fernando Santos Alvite assumiu o Ministério de Minas e Energia do Equador em 31 de outubro, após a renúncia de Xavier Vera, em meio a uma série de denúncias de corrupção e uma investigação iniciada pela Procuradoria-Geral da República.
Advogado, Santos desenvolveu uma longa carreira no setor de energia, entre outras funções, como assessor e chefe do ministério, e chefe da unidade de assuntos jurídicos da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) de 1976 a 1984.
Nesta entrevista à BNamericas, a autoridade aborda a importância do investimento estrangeiro no país, sobretudo no setor petrolífero, os projetos que terão prioridade em sua gestão e o apoio que dará ao setor mineiro.
BNamericas: Quais são seus planos prioritários à frente do ministério?
Santos: A infraestrutura, principalmente a petrolífera, está em um nível grave de obsolescência e falta de manutenção. O país não tem recursos para realizar bons projetos, por isso tem que se abrir para o investimento estrangeiro.
Minha obra vai se caracterizar mais por atos do que por palavras; muitas promessas foram feitas, mas não cumpridas.
Vou trabalhar para que os projetos licitados sejam concedidos nos prazos estabelecidos.
Chega de declarar tudo nulo quando as empresas favoritas da burocracia não ganham. A abertura ao capital estrangeiro será feita com as pessoas certas e com procedimentos simples e claros, em condições de benefício mútuo.
BNamericas: O que acontecerá com as licitações previstas para o setor de petróleo, incluindo o campo de gás Amistad?
Santos: O Campo de Amistad e blocos offshore serão leiloados no menor tempo possível; não vamos esperar — como quer a burocracia — novos estudos para licitá-los; estes estudos correspondem ao contratante.
A Refinaria de Esmeralda tem que seguir o processo de delegação previsto porque o país não tem condições de exportar US$ 10 bilhões em petróleo e importar US$ 7 bilhões em derivados (este ano); grande parte desses recursos pode ficar no país, se refinarmos nossos bruto melhor.
Os projetos intracampo, a captação de gás associado, a concessão dos poços fechados vão continuar.
Vamos licitar, em etapas, os 1 mil poços fechados que temos; a cobrança do gás associado é uma ordem judicial a ser cumprida.
BNamericas: O que acontecerá com o campo Sacha e ITT?
Santos: Pensa-se que para Sacha e ITT deveriam ser contratadas empresas especializadas para aumentar a produção, com esquema específico de prestação de serviços, deixando a Petroecuador em um papel importante, mas atraindo técnica e capital para conseguir o aumento da produção.
Infelizmente, a burocracia criou obstáculos, mas eles devem ser superados. Vamos trabalhar com pessoas proativas em vez de burocratas corruptos e improvisados que buscam impedir o desenvolvimento da indústria.
O país será aberto ao capital estrangeiro para o justo benefício do investidor e do Estado.
BNamericas: O que terá prioridade em sua gestão para licitar em 2023 à empresa privada?
Santos: Refinaria de Esmeraldas, reativação de poços fechados, campo de Amistad e blocos offshore, Sacha e ITT.
A lei de consulta prévia que garante o bem-estar das comunidades em zonas onde existe petróleo será também uma prioridade para que usufruam dessa riqueza, respeitando os seus costumes, mas permitindo o desenvolvimento de reservas no subsolo em benefício de todo o país e das comunidades.
BNamericas: Os compromissos assumidos por seu antecessor com o movimento indígena podem atrapalhar esses projetos?
Santos: Não. Com os indígenas os acordos são para não tocar campos no Sudeste.
A Petroecuador continuará administrando o bloco Ishpingo-Tambococha-Tiputini (ITT), mas com a colaboração ativa de empresas que sabem produzir e aumentar a produção, que deveria estar em 200 mil b/d e mal chegou a 50 mil b/d.
O valor que será utilizado será o contrato de prestação de serviços com financiamento da contratada.
BNamericas: Quais serão suas prioridades para o setor de mineração?
Santos: A mineração é o setor mais sensível onde o Estado falhou e não acabou com a corrupção; a mineração ilegal tomou conta de áreas com violência sem precedentes.
O setor deve colocar muita energia e ter muito cuidado na escolha das autoridades.
Meu compromisso é dar todo o apoio à mineração legal para que os respectivos projetos continuem, em todas as suas etapas, e que até o final deste governo, em 2025, a mineração seja o terceiro item das exportações do país.
Farei todos os esforços para que os cronogramas previstos sejam cumpridos pelas empresas para a construção das minas e início da produção.
Será dado suporte total.
BNamericas: Em questões elétricas, o que você vai focar?
Santos: Assinar os contratos pendentes e acelerar as grandes hidrelétricas de Cardenillo e Santiago, além de evitar o colapso do sistema no país devido ao risco de desaparecimento da hidrelétrica Coca-Codo-Sinclair por fissuras internas e devido à erosão do rio Coca.
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