Ministros de Lula falam em tentativa de golpe de Estado com minuta de decreto – UOL

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Ministros do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) dizem que a descoberta da minuta de decreto para Jair Bolsonaro (PL) alterar o resultado das eleições presidenciais se soma aos ataques golpistas do último domingo (8), que depredaram as sedes dos Três Poderes em Brasília.
O ministro da Secretaria das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, disse que fica comprovado que o objetivo era ‘fabricar o caos para enterrar a democracia’.
“À medida que as investigações avançam, fica ainda mais claro o objetivo criminoso de quem financiou, organizou e realizou os atos do último domingo. Bolsonaro e seus seguidores, derrotados pela vontade soberana que os brasileiros manifestaram nas urnas, queriam fabricar o caos para enterrar a democracia. A tentativa de golpe foi detalhadamente premeditada e esboçada, mas nós não vamos deixar que seus autores saiam impunes”, disse Padilha, em nota, à Folha.
Nesta quinta-feira (12), a Folha mostrou que a Polícia Federal encontrou na residência de Anderson Torres, ex-ministro da Justiça, uma minuta (proposta) de decreto para o então presidente Bolsonaro instaurar estado de defesa na sede do TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
O objetivo, segundo o texto, era reverter o resultado da eleição, em que Lula saiu vencedor. Tal medida seria inconstitucional.
Já o ministro da Justiça e Segurança, Flávio Dino, disse que o documento mostra a tentativa de um golpe de Estado. Entretanto, ele disse que fracassou, assim como a tentativa de 8 de janeiro.
“Pelo que consta de tais matérias, era um decreto como você menciona, um golpe de Estado. O que enfatiza que o que nós vimos aqui no dia 8 de janeiro não foi algo isolado. Na verdade, foi um elemento de uma cadeia, um elo de uma corrente golpista no Brasil e que havia atos preparatórios espantosos como esse decreto de intervenção militar do TSE. E a gravidade é óbvia porque isso é inconstitucional”, disse em entrevista à CNN.
Outros ministros do governo também se manifestaram. Nas redes sociais, o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, chamou a minuta de decreto encontrada na casa do ex-ministro da Justiça de Bolsonaro de “mais uma prova de tentativa de golpe”.
A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, disse, nas redes sociais, que “está cada vez mais claro que o plano de Bolsonaro sempre foi dar um golpe de Estado, com apoio da sua gangue e dos seus terroristas nas ruas”.

Reservadamente, auxiliares palacianos e integrantes do primeiro escalão do governo admitem que a descoberta da minuta representa a concretização do golpismo e desrespeito à democracia.
Há uma cautela em comentar, também, por desconhecerem ainda o conteúdo completo do documento. Como a Folha mostrou, o material tem indicação de ter sido feito após a realização das eleições e teria objetivo de apurar abuso de poder, suspeição e medidas ilegais adotadas pela presidência do TSE antes, durante e depois do processo.
Após deixar o ministério, Torres virou secretário de Segurança do Distrito Federal e teve a sua prisão decretada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes, por suspeita de ter comprometido a operação de segurança das manifestações golpistas de domingo.

De acordo com fontes ouvidas pela Folha, o documento encontrado pela PF cita o restabelecimento imediato da lisura e correção da eleição de 2022.
No Congresso, a base do presidente Lula se dividiu entre acionar o STF e adotar cautela, ainda que vejam também tentativa de golpe com a minuta do decreto.

O líder do governo Lula no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), pediu ao STF a abertura de um novo inquérito contra Torres e Bolsonaro. O senador também solicitou a Alexandre de Moraes que os dois sejam investigados no âmbito dos inquéritos das Milícias Digitais e dos Atos Antidemocráticos.
“Isso mostra que a tentativa de golpe não se moldou apenas em discursos, havia estratégias práticas para atacar a democracia. As investigações precisam ser urgentes e a punição dos envolvidos nessa conspiração criminosa deve ser exemplar. O Brasil não pode dar espaço ao autoritarismo”, afirmou.
Já aliados de Lula na Câmara dos Deputados avaliam que, antes de tomar qualquer ação, é o momento de deixar o Judiciário dar as cartas contra Bolsonaro, e que ações como pedidos de CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) devem aguardar o início da próxima Legislatura.
O entendimento de parlamentares ouvidos sob anonimato é de que o documento, por si só, não comprova a relação direta do ex-presidente com o caso, mas se soma à lista de fatos —por exemplo, a atuação da Polícia Federal Rodoviária no dia do segundo turno —na qual a interferência dele deve ser apurada, talvez como a com o maior potencial de responsabilização.
“É evidente que o documento foi elaborado sob a orientação do ex-presidente Bolsonaro, o principal beneficiado. Assim, ele deve também ser responsabilizado por mais essa tentativa de interferir no resultado eleitoral e na democracia brasileira”, afirmou o líder do PT na Câmara, Reginaldo Lopes (MG).
Para o futuro líder do PT na Câmara, Zeca Dirceu (PR), CPIs costumam ser ambientes de muita disputa política e sua criação pode acabar por acirrar os ânimos do país, em um momento que, segundo ele, é preciso buscar o contrário.
“Brecha para CPI há, mas não sei se é necessária e se é a ferramenta mais adequada, tanto para identificar os responsáveis e punir, mas também para pacificar o Congresso e criar unidade em defesa da democracia”, afirmou ele, que também entende que o caso é grave.
“Isso é uma prova concreta de tentativa de golpe. Bolsonaro ia rasgar a Constituição para se perpetuar no poder”, disse, por sua vez, a deputada federal Tabata Amaral (PSB-SP).
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