Mirando 2026, PL quer ampliar base de Bolsonaro nos municípios – Metrópoles

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06/11/2022 16:17, atualizado 06/11/2022 17:46
Amparado pelo Partido Liberal (PL), o presidente Jair Bolsonaro deverá deixar o cargo em janeiro de 2023 e permanecer na política visando o pleito de 2026. A sigla de Bolsonaro planeja colocá-lo para atuar como cabo eleitoral para as eleições municipais de 2024.
A ideia é fazer com que o partido ganhe capilaridade país afora, fazendo o máximo possível de vereadores e prefeitos. Com isso, o plano é manter tanto a legenda como o nome de Bolsonaro em evidência. O grupo bolsonarista não quer dar espaço para que perca força o movimento que levou Jair para a presidência e que praticamente dividiu os votos com Lula nas eleições 2022 (o atual presidente teve 49,1% dos votos válidos).
Jair Messias Bolsonaro, nascido em 1955, é um capitão reformado do Exército e político brasileiro. Natural de Glicério, em São Paulo, foi eleito 38º presidente do Brasil para o mandato de 2018 a 2022Reprodução/Instagram
Descendente de italianos e alemães, Bolsonaro recebeu o primeiro nome em homenagem ao jogador Jair Rosa Pinto, do Palmeiras, e o segundo, Messias, atribuído por Olinda Bonturi, mãe do presidente, a Deus, após uma gravidez complicada. Na infância, era chamado de Palmito pelos amigosHugo Barreto/Metrópoles
Ingressou no Exército aos 17 anos, na Escola Preparatória de Cadetes. Em 1973, foi aprovado para integrar a Academia Militar de Agulhas Negras (Aman), formando-se quatro anos depoisRafaela Felicciano/Metrópoles
Dentro do Exército, Bolsonaro também integrou a Brigada de Infantaria Paraquedista, serviu como aspirante a oficial no 21º e no 9º Grupo de Artilharia de Campanha (GAC), cursou a Escola de Educação Física do Exército, serviu no 8º Grupo de Artilharia de Campanha Paraquedista e, em 1987, cursou a Escola de Aperfeiçoamento de OficiaisGetty Images
Em 1986, Jair foi preso por 15 dias, enquanto servia como capitão, por ter escrito um artigo para a revista Veja criticando o salário pago aos cadetes da Aman. Contudo, dois anos após o feito, foi absolvido das acusações pelo Superior Tribunal Militar (STM)Rafaela Felicciano/Metrópoles
Em 1987, novamente respondeu perante o STM por passar informação falsa à Veja. Na ocasião, o até então ministro do Exército recebeu da revista um material enviado pelo atual presidente sobre uma operação denominada Beco Sem Saída, que teria como objetivo explodir bombas em áreas do Exército como protesto ao salário que os militares recebiamRafaela Felicciano/Metrópoles
A primeira investigação realizada pelo Conselho de Justificação Militar (CJM) concluiu que Bolsonaro e outros capitães mentiram e determinou que eles deveriam ser punidos. O caso foi levado ao Superior Tribunal Militar, que, por outra vez, absolveu os envolvidos. De acordo com uma reportagem da Folha à época, foi constatado pela Polícia Federal que, de fato, a caligrafia da carta enviada à Veja pertencia a JairJP Rodrigues/Metrópoles
Em 1988, Bolsonaro foi para a reserva do Exército, ainda com o cargo de capitão, e, no mesmo ano, iniciou a carreira política. Em 1988, foi eleito vereador da cidade do Rio de Janeiro e, em 1991, eleito deputado federal. Permaneceu como parlamentar até 2018, quando foi eleito presidente da RepúblicaDaniel Ferreira/Metrópoles
Durante a carreira, Bolsonaro se filiou a 10 legendas: Partido Democrata Cristão (PDC), Partido Progressista Reformador (PPR), Partido Progressista Brasileiro (PPB), Partido da Frente Liberal (PFL), Partido Progressistas (PP), Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), Democratas (DEM), Partido Social Cristão (PSC), Partido Social Liberal (PSL) e, atualmente, Partido Liberal (PL)Rafaela Felicciano/Metrópoles
É casado com Michelle Bolsonaro, 40 anos, e pai de Laura Bolsonaro, 11, Renan Bolsonaro, 24, Eduardo Bolsonaro, 38, Carlos Bolsonaro, 39, e Flávio Bolsonaro, 41, sendo os três últimos também políticosInstagram/Reprodução
Em 2018, enquanto fazia campanha eleitoral, Jair foi vítima de uma facada na barriga. Até hoje o atual presidente precisa se submeter a cirurgias por causa do incidenteIgo Estrela/Metrópoles
Eleito com 57.797.847 votos no segundo turno, Bolsonaro coleciona polêmicas em seu governo. Além do entra e sai de ministros, a gestão de Jair é acusada de ter corrupção, favorecimentos, rachadinhas, interferências na polícia, ataques à imprensa e a outros poderes, discurso de ódio, disseminação de notícias faltas, entre outrosAlan Santos/PR
Programas sociais, como o Vale-gás, Alimenta Brasil, Auxílio Brasil e o auxílio emergencial durante a pandemia da Covid-19, foram lançados para tentar ajudar a elevar a popularidade do atual presidenteRafaela Felicciano/Metrópoles
De olho na reeleição em 2022, Bolsonaro se filiou ao Partido Liberal (PL). O vice de sua chapa nas eleições deste ano é o general Walter Braga NettoIgo Estrela/Metrópoles
 
No governo desde 2019, o mandatário foi derrotado nas urnas pelo seu adversário Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante a disputa em segundo turno. Foi a primeira vez, desde a redemocratização, que um presidente não foi reeleito no Brasil.
Além de ampliar a base nos estados, o atual chefe do Executivo deverá coordenar uma oposição à gestão de Lula. No Congresso, o PL pretende fazer “oposição ferrenha” ao novo governo eleito.
Líderes e aliados ouvidos pelo Metrópoles afirmam que a orientação da cúpula é ir contra as propostas sugeridas pelos partidos apoiadores do próximo presidente. No entanto, a bancada poderá ser liberada para entrar em acordo com pautas que sejam favoráveis à população, como por exemplo, a PEC de Transição.
A proposta foi colocada à mesa para que, já em janeiro do próximo ano, o Executivo consiga realizar o pagamento do Auxílio Brasil em R$ 600 e aumentar o valor do salário mínimo. A cúpula do PL considera que as pautas incluídas na PEC já eram de interesse de Bolsonaro, em um segundo governo.
Além de se preparar para conseguir montar uma base forte nos municípios, Jair Bolsonaro terá também um cargo na legenda que o acolheu. O ainda presidente participará do núcleo Executivo do PL. Os detalhes foram acertados com o presidente da sigla, Valdemar Costa Neto, antes do primeiro pronunciamento do presidente depois da derrota nas urnas, na terça-feira (1/11).

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Do partido, Bolsonaro receberá um salário mensal, além de contar com o aluguel de uma casa e de um escritório em Brasília. Valdemar também vai custear a defesa do partidário com advogados para atuarem nos diversos processos a que responde no Supremo Tribunal Federal e em outras instâncias.
A ideia do partido é conseguir fazer com que Bolsonaro aumente sua projeção para consolidar um apoio significativo e voltar a concorrer à presidência de 2026. A mira do partido está, principalmente, no comando das capitais estratégicas: São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte.
Antes do atual presidente, em 2018, o PL havia conseguido eleger 33 parlamentares. O número cresceu um terço nas últimas eleições. A legenda emplacou 99 deputados e 8 senadores. Desta forma, lidera, em quantidade, as bancadas em ambas as casas.
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