Monkeypox: cientistas alertam para mutações perigosas do vírus – Agência AIDS – Agencia AIDS

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Pesquisadores da Universidade de Missouri, nos Estados Unidos, identificaram mutações específicas no vírus da varíola dos macacos (monkeypox) que contribuem para sua infecção contínua.
De acordo com a equipe de cientistas, essas mutações tornaram o vírus mais forte e adaptável, driblando a proteção das vacinas e o efeito dos medicamentos antivirais. O resultado do estudo foi publicado no periódico científico Journal of Autoimmunity.
“Ao fazer uma análise temporal, fomos capazes de ver como o vírus evoluiu ao longo do tempo. Uma descoberta importante foi que o vírus agora está acumulando mutações especificamente onde drogas e anticorpos de vacinas devem se ligar”, afirmou o pesquisador Shrikesh Sachdev.
“Então, o vírus está ficando mais inteligente, pois é capaz de evitar ser alvo de drogas ou anticorpos da resposta imune do nosso corpo e continuar a se espalhar para mais pessoas”, acrescentou.
A equipe analisou sequências de DNA de mais de 200 cepas do vírus monkeypox – desde 1965, quando o vírus começou a se espalhar, até surtos no início dos anos 2000 e novamente em 2022.
No atual surto, o vírus infectou mais de 77.000 pessoas em mais de 100 países e a taxa de mortalidade de casos foi de cerca de 3,6%, de acordo com o relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Sintomas da infecção por monkeypox
De acordo com a OMS (Organização Mundial de Saúde), os principais sintomas da varíola dos macacos são:
Febre;
Dores musculares e nas costas;
Vômitos;
Diarreia;
Calafrios;
Dor de garganta;
Dor de cabeça;
Lesões na pele.
Esse último sintoma é também a principal característica da doença. Antes essas lesões apareciam de forma espalhada pelo corpo e em grande quantidade, mas isso não tem acontecido em todos os casos, como alerta o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), dos Estados Unidos. Em vez disso, algumas pessoas diagnosticadas com varíola do macaco estão apresentando uma única mancha ou bolha.
Transmissão
Ainda segundo a OMS, as principais formas de infecção são:
Contato com gotículas exaladas por alguém infectado (humano ou animal);
Contato com as lesões na pele causadas pela doença ou por materiais contaminados, como roupas e lençóis.
Prevenção
Assim como grande parte das doenças infecciosas, a varíola dos macacos pode ser prevenida com algumas medidas simples de higiene como, por exemplo:
Higienizar as mãos com água e sabão ou com álcool gel para evitar a exposição ao vírus;
Evitar contato com pessoas infectadas;
Manter distância de animais doentes (vivos ou mortos) que possam abrigar o vírus, como roedores, marsupiais e primatas;
Usar máscaras e outros equipamentos de proteção individual.
Além disso, é importante evitar usar objetos de pessoas infectadas.
Redação da Agência Aids com informações do Portal Terra

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