Moradores denunciam descaso da Prefeitura de Vitória com animais de rua – Século Diário

0
46

Animais de rua proliferam no Centro de Vitória, muitos deles doentes, mas não há assistência da gestão municipal

Moradores do Centro de Vitória denunciam que o número de animais de rua tem aumentado e muitos deles estão doentes. A situação se torna pior por não haver, da parte da gestão de Lorenzo Pazolini (Republicanos), ações eficientes de castração, atendimento veterinário e encaminhamento para abrigos, como apontam. A situação tem causado preocupação diante da necessidade de zelar pela vida dos animais e dos próprios moradores, já que algumas doenças podem contaminar também seres humanos.
A aposentada Marciléa Leandro enfatiza que a falta de assistência não é somente no Centro, mas em várias regiões da cidade, e que embora os moradores entrem em contato com a Prefeitura de Vitória informando que há animais doentes ou machucados, em casos como os de atropelamento, a gestão municipal não tem dado a devida atenção. Ela recorda uma dessas situações, na qual foi encontrado um cachorro caramelo na rua Wilson Freitas, Centro de Vitória, que estava com feridas das quais já estavam saindo larvas, pois, provavelmente, uma mosca posou ali.
Uma das preocupações da aposentada é com os trabalhadores da limpeza urbana, uma vez que animais adoecem nas ruas, são jogados no lixo e, ao manuseá-lo, essas pessoas podem contrair doenças e passar para pessoas com quem têm contato.

Marciléa aponta ainda a precarização do serviço de zoonoses, “que nem raio-x tem”, e que a gestão deveria colocar em prática o Decreto nº 21.311/2022, publicado no Diário Oficial de quatro de outubro, que institui o Programa Pata Vix, de acolhimento e tratamento de animais domésticos e/ou domesticados em situação de risco ou vítimas de maus-tratos, “visando o bem estar animal e a melhoria da qualidade de vida dos animais no Município de Vitória”. 
Diz ainda que o serviço de castração, além de não atender a demanda, é burocrático e caro, uma vez que, embora feito com auxílio da PMV, é preciso comprar itens como roupa cirúrgica e cone, além de arcar com a despesa de transporte do animal até a clínica, o que não é possível principalmente para moradores das comunidades periféricas, onde os animais acabam se reproduzindo ainda mais.
A Amacentro recorda que denunciou a necessidade de assistência aos gatos que habitavam o Mercado da Capixaba, no Centro de Vitória, mas não obteve êxito. Isso foi em junho último, quando, embora tenha se comprometido a encaminhar veterinário para o local com o objetivo de fazer triagem dos cerca de 25 animais que se encontravam no prédio abandonado, a gestão de Lorenzo Pazolini não cumpriu o que foi acordado com a Amacentro. 
Uma equipe da prefeitura compareceu ao local para fazer limpeza munida de carro-pipa e outras máquinas, espantando os animais do imóvel. O acordado com associação era de que a Secretaria de Meio Ambiente levaria um veterinário para o mercado. O profissional faria uma triagem, identificando quais estavam doentes ou não. Os que não estivessem seriam encaminhados para um lar temporário, de acordo com a disponibilidade de voluntários, teria a castração garantida pela gestão municipal e, posteriormente, encaminhados para adoção.

Veja mais notícias sobre Cidades.
Ao aceitar, você acessará um serviço fornecido por terceiros externos a https://www.seculodiario.com.br/

source

Leave a reply