Moro reclama da posse de Lula por falta de discurso sobre ‘combate à corrupção’ – CartaCapital
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O ex-ministro de Bolsonaro foi considerado suspeito pelo STF em processos contra o petista
O senador eleito Sergio Moro (União Brasil-PR) utilizou as redes sociais nesta segunda-feira 2 para alfinetar o presidente Lula (PT), que assumiu o cargo no domingo 1º.
“Não quero atrapalhar a festa, mas, em algum momento, vocês ouviram Lula falar em combater a corrupção nos seus discursos de ontem?”, questionou o ex-juiz, que, durante o governo de Jair Bolsonaro, foi ministro da Justiça.
Moro foi considerado suspeito pelo Supremo Tribunal Federal, em 2021, em processos contra Lula.
Não quero atrapalhar a festa, mas, em algum momento, vocês ouviram Lula falar em combater a corrupção nos seus discursos de ontem?
— Sergio Moro (@SF_Moro) January 2, 2023
Em seu discurso de posse, o novo presidente enalteceu a democracia e o sistema eleitoral, bem como as instituições do Judiciário. Também criticou a apropriação do Estado pelo governo Bolsonaro.
“Nunca os recursos do Estado foram tão desvirtuados em proveito de um projeto autoritário de poder. Nunca a máquina pública foi tão desencaminhada dos controles republicanos. Nunca os eleitores foram tão constrangidos pelo poder econômico e por mentiras disseminadas em escala industrial”, disse.
“Apesar de tudo, a decisão das urnas prevaleceu, graças a um sistema eleitoral internacionalmente reconhecido por sua eficácia na captação e apuração dos votos. Foi fundamental a atitude corajosa do Poder Judiciário, especialmente do Tribunal Superior Eleitoral, para fazer prevalecer a verdade das urnas sobre a violência de seus detratores”, completou,
Lula também enalteceu a política como o lugar para debater dissensos e construir consensos de forma pacífica. “Reafirmo, para o Brasil e para o mundo, a convicção de que a política, em seu mais elevado sentido – e apesar de todas as suas limitações – é o melhor caminho para o diálogo entre interesses divergentes, para a construção pacífica de consensos. Negar a política, desvalorizá-la e criminalizá-la é o caminho das tiranias.”
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