MP junto ao TCU pede bloqueio de bens de Bolsonaro – Poder360

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O subprocurador-geral do Ministério Público junto ao TCU (Tribunal de Contas da União) Lucas Furtado pediu o bloqueio das contas bancárias do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em razão dos atos extremistas registrados em Brasília no domingo (8.jan.2023).
O pedido também inclui o governador afastado do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), o ex-secretário de Segurança Pública Anderson Torres além de outras pessoas que seriam responsáveis pela invasão aos Três Poderes. Eis a íntegra (175 KB) do ofício, que foi enviado nesta 3ª feira (10.jan).

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Esse não é o 1º pedido de Lucas Furtado contra Bolsonaro. Em julho de 2020, o procurador pediu que o TCU proibisse o ex-presidente de “propagandear” o uso da cloroquina e da hidroxicloroquina no tratamento da covid-19. Na época, chegou a cogitar abrir uma investigação contra o ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump.
Na 2ª feira (9.jan), um dia depois dos atos extremistas em Brasília, o procurador também solicitou que o presidente do Tribunal de Contas, Bruno Dantas, instaure uma TCE (Tomada de Contas Especiais) para apurar se empresas financiaram os atos de extremistas em Brasília.
Lucas Furtado também pede a realização de oitiva da Secretaria de Estado de Segurança Pública do Distrito Federal para identificar os agentes públicos que foram omissos; e a requisição junto ao ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Alexandre de Moraes, sobre o afastamento cautelar do governador do Distrito Federal.
Por volta das 15h de domingo (8.jan.2023), extremistas de direita invadiram o Congresso Nacional depois de romper barreiras de proteção colocadas pelas forças de segurança do Distrito Federal e da Força Nacional. Lá, invadiram o Salão Verde da Câmara dos Deputados, área que dá acesso ao plenário da Casa. Equipamentos de votação no plenário foram vandalizados. Os extremistas também usaram o tapete do Senado de “escorregador”.
Em seguida, os radicais se dirigiram ao Palácio do Planalto e depredaram diversas salas na sede do Poder Executivo. Por fim, invadiram o STF (Supremo Tribunal Federal). Quebraram vidros da fachada e chegaram até o plenário da Corte, onde arrancaram cadeiras do chão e o brasão da república. Os radicais também picharam a estátua “A Justiça” e a porta do gabinete do ministro Alexandre de Moraes.
Os atos foram realizados por pessoas em sua maioria vestidas com camisetas da seleção brasileira de futebol, roupas nas cores da bandeira do Brasil e, às vezes, com a própria bandeira nas costas. Diziam-se patriotas e defendiam uma intervenção militar (na prática, um golpe de Estado) para derrubar o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
A organização do movimento havia sido captada previamente pelo governo federal, que determinara o uso da Força Nacional na região. Pela manhã de domingo (8.jan), 3 ônibus de agentes de segurança estavam mobilizados na Esplanada. Mas não foi suficiente para conter a invasão dos radicais na sede do Legislativo.
Durante o final de semana, dezenas de ônibus, centenas de carros e centenas de pessoas chegaram na capital federal para a manifestação. Inicialmente, o grupo se concentrou na sede do Quartel-General do Exército, a 7,9 km da Praça dos Três Poderes.
Depois, os radicais desceram o Eixo Monumental até a Esplanada dos Ministérios a pé, escoltados pela Polícia Militar do Distrito Federal.
O acesso das avenidas foi bloqueado para veículos. Mas não houve impedimento para quem passasse caminhando.
Durante o domingo (8.jan), policiais realizaram revistas em pedestres que queriam ir para a Esplanada. Cada ponto de acesso de pedestres tinha uma dupla de policiais militares para fazer as revistas de bolsas e mochilas. O foco era identificar objetos cortantes, como vidro e facas.
Desde o resultado das eleições, bolsonaristas radicais ocuparam quartéis em diferentes Estados brasileiros. Eles também realizaram protestos em rodovias federais e, depois da diplomação de Lula, promoveram atos violentos no centro de Brasília. Além disso, a polícia achou materiais explosivos em 2 locais da capital federal.
SÁBADO PRÉ-INVASÃO (7.jan)
DOMINGO (8.jan)




SEGUNDA-FEIRA (9.jan)
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