Mulheres na política – Grupo A Hora – A Hora

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Sexta-Feira30 de Dezembro de 2022
Opinião
Rodrigo Martini
Jornalista
Coluna aborda os bastidores da política regional e discussão de temas polêmicos
Por Redação
Publicado quinta-feira,
29 de Dezembro de 2022 às 09:00
A câmara de Lajeado volta a ser comandada por uma mulher. Não que seja recorrente. No entanto é um movimento que, a passos lentos, tem alterado os cenários legislativos da região nos últimos anos. Para 2023, por exemplo, e além de Paula Thomas (PSDB) à frente do plenário lajeadense, ao menos outros quatro parlamentos serão presididos por vereadoras. Inês Feil (PP), em Forquetinha, Vanessa Ahne (PTB), em Travesseiro, Sandra Scherer (PP), em Marques de Souza, e também Ana Marcolin (PP), em Vespasiano Corrêa, onde toda a Mesa Diretora é formada por mulheres (foto). O índice ainda é baixo, eu sei. Mas já foi pior.

Em Lajeado, por exemplo, nenhuma mulher alcançou a presidência da câmara legislativa no século passado. A indigesta hegemonia dos homens no parlamento da principal cidade do Vale do Taquari só foi quebrada no ano 2000, com a ascensão de Carmen Regina Cardoso. Mas não houve sequência. A segunda presidenta da história do Legislativo lajeadense viria a assumir a função só depois de 19 anos, em 2019. Naquele ano, Neca Dalmoro conquistou a principal cadeira. Desta vez, a distância temporal para a terceira presidenta da história da câmara de Lajeado é de quatro anos.
Também há um pequeno avanço no número total de vereadoras eleitas no Vale do Taquari. Em 2016, os eleitores e eleitoras da região escolheram 297 vereadores e 61 vereadoras para as funções legislativas. Em 2020, foram 289 e 69. Um tímido acréscimo de oito cadeiras para as nossas parlamentares.
Mas é um aumento. E tal aumento, que também é verificado na qualidade e no preparo das representantes, precisa servir para que os velhos caciques da política regional observem para a potencialidade das candidaturas femininas e, acima de tudo, para a necessidade de quebrar hegemonias e diversificar os parlamentos.
O IBGE divulgou ontem a prévia da população nacional, com base nos dados coletados pelo Censo Demográfico 2022 até o dia 25 de dezembro.Lajeado aparece com 97.432 habitantes. Na última estimativa, divulgada em agosto de 2021, a principal cidade do Vale do Taquari aparecia com 86.005 mil habitantes. Um ano antes, o instituto estimou em 85.033 o número de habitantes (em 2010, eram 71,4 mil).
São números que impressionam de forma positiva, afinal são milhares de pessoas que escolhem o município para viver e trabalhar, mas também elevam a responsabilidade dos gestores públicos. Segundo o Ministério da Cidadania, mais de cinco mil pessoas vivem em situação de pobreza ou com algum grau de insegurança alimentar.
O assunto volta e meia retorna às mesas de bar, gabinetes de políticos, redações e esquinas democráticas. Mas nunca sai do papel. O último a levantar a bola foi o (ainda) presidente da câmara de vereadores de Lajeado, Deolí Gräff (PP). O parlamentar quer manter vivo, no próximo ano, o debate sobre uma “ponte urbana” entre Lajeado e Estrela, interligando a Av. Benjamin Constant com o complexo portuário. Outros agentes públicos cogitaram a construção de, ao menos, uma passarela para ciclistas e pedestres. Fato é que as duas maiores cidades do Vale do Taquari merecem uma conexão mais apropriada e segura. E faz tempo.
O governo de Venâncio Aires tem apostado forte no turismo. Além da instalação de totens em diversos pontos turísticos, e da projeção de construir um grande complexo turístico junto à área da Cascata Véu da Noiva, o Executivo municipal planeja melhorias na orla do Rio Taquari. O objetivo é atrair os passeios do barco Cisne Branco, que também está em negociações para atender pacotes em Lajeado e Taquari.
Crédito: Divulgação
• Faz alguns meses, divulgamos que um grupo realizava um movimento para instalar um braço da Polícia Federal junto ao Shopping Lajeado. Depois disso, não chegaram mais informações sobre o tema. Hoje o ponto mais próximo para determinados serviços da PF é Santa Cruz do Sul.
• Em 2024, e conforme o acordo firmado entre partidos da base aliada, a câmara de Lajeado será presidida por um vereador do PP. Lorival Silveira, Isidoro Fornari e Heitor Hoppe já possuem tal experiência. Alex Schmitt não deve contar com apoio de muitos colegas. E Mozart Lopes é suplente. Façam suas apostas.
• Mas isso é assunto para mais tarde. Por ora, a casa legislativa será comandada pela tucana Paula Thomas (PSDB). E será que ela também vai tentar construir/comprar uma sede própria para a câmara de Lajeado?
• A tendência se confirmou e Gilmar Sossella (PDT) vai assumir uma secretaria estadual no governo de Eduardo Leite (PSDB). Ele fica com a pasta do Trabalho, Emprego e Renda. Com isso, o ex-prefeito de Venâncio Aires, Airton Artus (PDT), vai assumir a sonhada cadeira na Assembleia Legislativa a partir de 2023. Ele fez 23.319 votos em outubro.
• Ex-secretário municipal e vereador de Teutônia, Luias Wermann (Cidadania) ficou incomodado com algumas palavras do prefeito daquela cidade, Celso Forneck (PDT). O gestor afirmou, nas entrelinhas, que o ex-secretário estaria sendo mal influenciado ao virar oposição ao governo. O jovem parlamentar de 23 anos de idade discorda.
• A lajeadense Marjorie Kauffmann segue prestigiada dentro do governo estadual. Eduardo Leite (PSDB) e Gabriel Souza (MDB) confiam muito na atual Secretária Estadual de Meio Ambiente. Mas na política isso não basta. Dito isso, os articulistas políticos da região apostam no retorno dela à presidência da Fepam. O que por si só já seria uma boa notícia.
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