Na arca de Noé de Lula tem lugar para toda espécie de bicho – Metrópoles
Blog com notícias, comentários, charges e enquetes sobre o que acontece na política brasileira. Por Ricardo Noblat e equipe
31/01/2023 8:00, atualizado 31/01/2023 3:59
Aos pares, de preferência. Que viessem todos seria o ideal. Desde que aprovem no Congresso os projetos do governo, deputados e senadores receberão em troca cargos públicos e outros mimos. De graça, eles não votam. Nem mesmo por amor ao país.
Responsável pela articulação política, o ministro Alexandre Padilha, da Secretaria de Relações Institucionais, diz que o governo está aberto ao diálogo e que não descarta indicações de cargos por aliados de Bolsonaro – nem por eles:
“Já temos dez partidos e federações que indicaram pessoas, quadros, para compor esses ministérios. Acredito que nos próximos passos nós vamos ampliar o número de partidos”.
O próximo passo será dado amanhã. Será bem-visto o senador e o deputado de oposição ao governo que ajudar a reeleger Rodrigo Pacheco (PSD-MG) e Arthur Lira (PP-AL) para as presidências do Senado e da Câmara. Lula quer os dois como parceiros.
PP, Republicanos e PL estão na mira do governo. Apoiaram Bolsonaro, votaram nele para presidente no primeiro e no segundo turno, mas Lula não está disposto a discriminar ninguém. Quanto mais o governo for uma frente ampla, melhor para ele.
Diz Padilha:
“Acabou essa época de metralhar oposição. […] Eventualmente esses partidos têm quadros que fazem parte do governo e que podem ser aproveitados, têm quadros que já compõem estruturas do governo e, se bem avaliados, podem continuar.”
“O Brasil é um país de paz. O último contencioso foi a guerra do Paraguai. O Brasil não quer ter nenhuma participação, mesmo que indireta. Hoje tenho mais clareza da razão da guerra e acho que a Rússia cometeu o erro de invadir a Ucrânia. Portanto, a Rússia está errada.” (Lula)
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