Na eleição, MS foi bolsonarista; mas vitória lulista não deixou Estado na mão – Correio do Estado
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Política
TRANSIÇÃO
Na transição do governo de Lula, 9 do Estado atuam em setores que vão do agronegócio à segurança pública
04/12/2022 15h01
CELSO BEJARANO
Equipe de transição tem 9 sul-mato-grossenses – Foto: Arquivo
No segundo turno das eleições o pré-candidato à reeleição Jair Bolsonaro, do PL, conquistou em Mato Grosso do Sul 880.606 votos (59,49% dos votos válidos) ante os 559.547 (40,51%) destinados ao vencedor do pleito Luiz Inácio Lula da Silva.
Pode-se dizer que o candidato derrotado ganhou seis votos e o petista quatro a cada dez votos.
Mas a derrota de Lula por aqui nem de longe deixou Mato Grosso do Sul indefeso na hora de o novo governo definir suas prioridades nos próximos quatro anos.
Nove personalidades de MS foram escolhidas a dedo para representar a região diante do governo de transição de Lula.
Tem gente daqui catalogando em Brasília o que o presidente deve eleger como soluções para os problemas que afeta os brasileiros hoje em dia.
Puxou a fila dos sul-mato-grossenses para contribuir com o governo petista, a senadora Simone Tebet, do MDB, que apoiou Lula no segundo turno.
Simone foi definida para atuar na área do desenvolvimento regional.
A senadora, que fica sem mandato a partir de fevereiro, é uma das fortes opções de Lula para assumir o ministério da Cidadania, que deve tratar das políticas sociais, como o conhecido Auxílio Brasil.
O nome dela também aparece como sugestão para chefiar o ministério da Agricultura ou, ainda, o da Educação.
O ex-deputado federal João Grandão, do PT, foi nomeado para atuar no núcleo de projetos para o desenvolvimento agrário.
Da região de Dourados, segunda potência econômica de MS, Grandão foi vereador da cidade, deputado estadual e também delegado federal do Ministério do Desenvolvimento Agrário em MS.
Outra a ingressar na transição do governo de Lula é a Aparecida Gonçalves, a Cida Gonçalves, que atuou no governo de Zeca do PT (1999-2006).
No âmbito nacional, Cida ocupou a chefia da secretaria nacional de Violência contra a Mulher, nos governos de Lula e Dilma.
No setor do agronegócio, o comando da transição de Lula, o vice-presidente eleito Geraldo Alckmin, do PSB, escolheu Márcio Portocarrero, engenheiro agrônomo, professor universitário, para agir como integrante do Grupo Técnico de Agricultura, Pecuária e Abastecimento;.
Portocarrero, da região de Aquidauana, é diretor executivo da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão, a Abrapa.
Também da região de Aquidauana, a equipe de transição de Lula escolheu dois indigenistas: o pós-doutor em Ciências Social, Eloy Terena e o suplente de vereador Dionedison Cândido.
Os dois compõem o Grupo Técnico de Povos Originários.
A vereadora e deputada federal eleito do PT, Camila Jara, também compõe a equipe de transição de Lula.
A parlamentar vai trabalhar no Grupo Técnico de Trabalho da Juventude.
Já o deputado federal Fábio Trad, do PSB, vai contribuir com o governo petista no grupo que vai debater os rumos da segurança pública.
O nono convocado para atuar na equipe de transição do governo de Lula é Marcelo Panella, o tesoureiro nacional e presidente do PDT em Mato Grosso do Grosso do Sul.
A transição de governo da gestão de Lula trabalha até dia 10 de janeiro, data que o novo presidente eleito já estará empossado.
NOVA GESTÃO
Rosana Leite presidiu Hospital Regional e fez parte do Ministério da Saúde durante pandemia
05/12/2022 15h00
Rosana Leite será nova secretária adjunto da Sesau Divulgação
Diante da troca de titular da Secretaria Municipal de Saúde de Campo Grande (Sesau), a pasta também terá uma nova secretária adjunta. A cotada para ocupar o cargo é a então secretária extraordinária de enfrentamento da Covid-19, do Ministério da Saúde, Rosana Leite.
De acordo com a pasta, ainda não há uma oficialização do nome de Rosana porque ainda é necessário fazer os trâmites burocráticos para cedência ao município, já que ela é servidora concursada da Secretaria de Saúde de Mato Grosso do Sul.
Além de funcionária pública, Rosana também é professora no curso de Medicina da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS). A médica dirigiu o Hospital Regional de Mato Grosso do Sul até 2021, quando assumiu o cargo no Ministério da Saúde.
A troca acontece dias após a prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (Patriota) anunciar que o então vereador Sandro Benites, do mesmo partido, deve assumir da Sesau, substituindo José Mauro Filho, que fez parte da gestão de Marquinhos Trad (PSD) e esteve à frente da pasta por mais de três anos.
Formada pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, em 1997, Rosana possui especialidade em Cirurgia de Cabeça e Pescoço pela Sociedade Brasileira de Cabeça e Pescoço. A médica atuou em sua área de especialização no Hospital Regional de MS.
Já de 2017 a 2018, Rosana foi secretária-executiva da Comissão Nacional de Residência Médica no Ministério da Educação.
Em junho de 2021, Rosana foi anunciada como secretária extraordinária de enfrentamento da Covid-19. A nomeação foi publicada no Diário Oficial da União.
Conforme já informado pelo Correio do Estado, para assumir o cargo no Executivo Municipal Sandro Benites pediu afastamento de seu cargo na Câmara Municipal. A função deve ser assumida por Paulo Cesar Lands Filho, seu suplente.
O pedido de afastamento com a confirmação do presidente da Casa de Leis, Carlos Augusto Borges, foi publicado na edição desta segunda-feira (5) do Diário Oficial de Campo Grande (Diogrande).
A exoneração de José Mauro Filho, agora ex-secretário, foi publicada no Diogrande da última sexta-feira (5).
Política
Presidente eleito se reuniu com conselheiro dos EUA
05/12/2022 14h12
Reproduçao: Marcelo Camargo/Agência Brasil
O presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva deve ir aos Estados Unidos para se reunir com o presidente norte-americano, Joe Biden, somente depois da posse. A informação foi dada nesta segunda-feira (5) pelo ex-chanceler do governo petista Celso Amorim.
Na semana passada Lula declarou que poderia viajar aos EUA ainda neste ano depois de ser diplomado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na próxima segunda-feira ( 12), mas hoje, segundo Amorim, durante uma reunião em Brasília com o conselheiro de Segurança Nacional dos Estados Unidos, Jake Sullivan, ele teria dito que “talvez não seja possível ir antes da posse” e a probabilidade maior é de que o encontro fique para o início de 2023.
Após a reunião Lula postou uma foto com Sullivan e disse que está “animado para ir aos Estados Unidos”.
Recebi hoje do conselheiro de segurança norte-americano @JakeSullivan46 o convite do presidente @JoeBiden para visitá-lo na Casa Branca. Estou animado para conversar com o presidente Biden e aprofundar a relação entre nossos países
: @ricardostuckert pic.twitter.com/kzdEQfQedC
“De tudo se falou, principalmente sobre a última reunião do G20 e sobre a necessidade de uma nova governança mundial”, detalhou Amorim. Outro assunto abordado por Lula com os norte-americanos foi a necessidade de incluir outros países no Conselho de Segurança das Nações Unidas.
Segundo Celso Amorim, Sullivan demonstrou interesse em cooperar com o Brasil no G20 para caminhar para uma governança global mais justa. O grupo reúne as 19 maiores economias do mundo e da União Europeia. “Foi uma conversa longa, de quase duas horas. Eles trataram sobre a importância da relação entre os dois países para a paz e a democracia na América do Sul”, disse. O ex-ministro também falou que não foram discutidas ações específicas, mas a necessidade de engajamento das duas nações.
Além de Lula e Sullivan, participaram do encontro, Juan Gonzales, assessor do governo dos EUA para a América Latina; Ricardo Zúñiga, vice-secretário de Estado para assuntos de Hemisfério Ocidental; e Douglas Koneff, encarregado de negócios da embaixada no Brasil.
Do lado do governo de transição, além de Amorim, também estavam presentes o senador Jaques Wagner (PT-BA) e o ex-ministro da Educação Fernando Haddad.
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