Nailde Pinheiro: destruição do STF e discurso de Rosa Weber relembraram incêndio no TJCE – Diário do Nordeste
Com 36 anos de dedicação ao magistrado, a atual presidente do Tribunal de Justiça do Ceará, desembargadora Maria Nailde Pinheiro Nogueira, despede-se do cargo no final deste mês de janeiro, após dois anos à frente do Poder Judiciário.
Nesse período, Nailde teve de enfrentar uma pandemia e um incêndio que destruiu boa parte da estrutura física do Tribunal de Justiça do Ceará. Há pouco mais de um ano, a instituição transferiu a rotina de atividades para o Fórum Clóvis Beviláqua, enquanto aguarda conclusão da obra de reconstrução do prédio.
No último dia 8 de janeiro, quando todo o País assistiu perplexo aos ataques terroristas às sedes dos três Poderes em Brasília, Nailde Pinheiro sentiu como se voltasse no tempo, até o dia do episódio do incêndio do TJCE, ao ouvir as palavras da ministra Rosa Weber, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), destruído por criminosos.
“Eu sentia a dor que a Rosa Weber ali estava a sentir e achei interessante na fala da ministra quando ela disse: ‘Dentro em breve estaremos reconstruindo a nossa instituição’. Voltando ao passado, no dia 6 de setembro de 2021, eu pronunciei essa mesma expressão: ‘Em breve estaremos reconstruindo o nosso Tribunal de Justiça’. Entendo perfeitamente o impacto que a ministra, naquele momento, estava vivendo, porque, quando se recebe uma presidência, você fica guardiã de todos aqueles prédios da Justiça, e ela ter diante de si todo aquele cenário de destruição, imagino que foi muito difícil”Nailde PinheiroPresidente do TJCE
Nesta segunda-feira (16), a presidente do Judiciário cearense foi entrevista no Sistema Verdes Mares pelas jornalistas Dahiana Araújo, editora de Cotidiano do Diário do Nordeste, Luana Barros, repórter do PontoPoder, e Jéssica Welma, editora de Política, que escreve esta coluna.
Após dois anos, Nailde ressalta os avanços relacionados à modernização da atuação do Judiciário, a contratação de novos desembargadores, juízes e outros servidores para o Tribunal e, especialmente, defende as conquistas nas ações de combate à violência contra a mulher e no fomento à conciliação na Justiça.