Não preciso me defender daquilo que não fiz, diz sobrinho de … – UOL Confere
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Juliana Dal Piva
Colunista do UOL
10/01/2023 12h59
Leonardo Rodrigues de Jesus, o Léo Índio, sobrinho do ex-presidente Jair Bolsonaro, negou à coluna que tenha participado de ações de destruição do patrimônio público durante os atos terroristas no domingo (7), em Brasília. Ele participou da invasão na área externa do Congresso Nacional. Questionado se tem medo de ser preso, Leonardo respondeu: “não tem medo de defender as causas que acredito”.
Léo Índio é primo de Flávio, Carlos e Eduardo Bolsonaro. Em 2022, ele foi candidato a deputado distrital pelo PL, mas não conseguiu se eleger. Ele veio para Brasília após a eleição de Bolsonaro, em 2019, e trabalhou como assessor do senador Chico Rodrigues (DEM-RR) até o parlamentar ser flagrado com R$ 30 mil na cueca. Depois, foi funcionário da liderança do PL no Senado. Ele também é investigado por participar de um esquema de devolução de salários no antigo gabinete de Flávio na Alerj (Assembleia Legislativa do Rio).
O senhor fez postagens na ocupação ao Congresso Nacional no domingo.
Tentar me vincular a atos de vandalismo não irá colar. 70 dias de um acampamento ordeiro no QGEx (Quartel-General do Exército) e nenhuma visibilidade dada por vocês. Por que não buscam os responsáveis pelos danos causados ao patrimônio público? Eu estava lá como um cidadão que não apoia o atual desgoverno, o vídeo que vocês publicaram mostra exatamente isso. Eu estava filmando igual sua equipe estava fazendo. Não participei de destruição alguma. O vídeo das pessoas identificadas como baderneiros vocês ignoram?
O senhor estava em área que foi invadida. Na sua foto, o senhor está na área externa em cima da rampa do congresso. Não se preocupou com o que estava acontecendo? Com o quebra-quebra?
Péssimo o que ocorreu. Falou bem. Externa. Não invadi nada. Não entrei em prédio público. Não quebrei nada.
Por que decidiu ir?
Minhas postagens não foram para incentivar nada. Poderiam até usar as imagens para identificar vândalos.
Essa área foi invadida ontem. Os “manifestantes” avançaram no bloqueio. O senhor não pensou nisso quando subiu (na rampa)?
Mas vocês querem culpar alguém que venha a ser satisfatório para suas narrativas. Quando eu cheguei, não tinha bloqueio algum. As pessoas saíram quando foram orientadas a sair. Não participei de confrontos. E não tenho porque mentir. Mas vocês não estão acostumados a lidar com a verdade.
O senhor tem medo de ser processado e preso?
Não tenho medo de defender as causas que acredito. Não tenho medo de ser tachado de algo que não sou, pois não preciso me defender daquilo que não fiz. Sou temente a Deus e prezo pelo bem estar da minha família que se preocupa muito comigo. Tenho uma missão, de lutar pela verdade, mas jamais permitirei ser perseguido por coisas que não fiz, por acusações sem fundamento.
O PL disse que pretende expulsar quem estiver envolvido nos atos de domingo. O senhor tem preocupação em ser expulso do partido?
Se o partido acreditar que deve me expulsar, mesmo com a consciência de que não fiz nada, apenas por pressão ou medo de represálias, o errado não sou eu. Sigo tranquilo.
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