Negócio futebol: Esporte é um dos principais players econômicos do país | SEGS – Portal Nacional de… – SEGS.com.br

O futebol movimenta cifras expressivas a cada ano, tornando-se um dos mercados mais rentáveis da atualidade. No Brasil, o setor viveu uma alta inédita, com o faturamento dos clubes chegando a R$6 bilhões, durante o período entre 2011 e 2020.
Ao longo desses da segunda década do século XX, o aumento anual foi de 11%, superando o Produto Interno Bruto (PIB), que registrou 0,3%. Um dos principais fatores para a alta é a evolução da tecnologia, responsável por transformar diversos setores. O futebol não é exceção.
As novidades tecnológicas contribuem para a rentabilização de esportes no Brasil e no mundo. Prova disso são os palpites esportivos, que crescem cada vez mais no mercado esportivo. Neste ano, por exemplo, as apostas para a Copa do Mundo já começaram e estão fazendo sucesso entre os internautas.
Também vale destacar que os esportes possuem conexão direta com redes financeiras. Na Europa, por exemplo, as janelas de transferências costumam movimentar bilhões de euros.
As cinco maiores ligas europeias desembolsaram mais de 4,5 bilhões de euros (R$ 23,3 bilhões) na janela para a temporada 2022/2023. O brasileiro Antony, que deixou o Ajax (HOL) para defender o Manchester United (ING), protagonizou a transferência mais cara: 95 milhões de euros.
De volta ao Brasil, a primeira janela de 2022 movimentou cerca de R$ 300 milhões, totalizando 67 negociações. Foram 38 saídas e 29 entradas no futebol nacional.
Realizar transações milionárias, vender e negociar jogadores por cifras expressivas ao mercado europeu, não é para qualquer clube. Somente times com boas gestões conseguem movimentar valores relevantes.
Essa realidade é vivida por dois clubes no Brasil: Flamengo e Palmeiras. Eles ilustram bem que o êxito futebolístico está diretamente ligado a uma boa gestão. Os clubes chegaram a esse patamar por motivos diferentes.
Os paulistas começaram a mudar em 2015, ao longo da gestão Paulo Nobre e com a chegada da Crefisa. Já o rubro-negro carioca iniciou sua reestruturação anos antes, em 2013, com o presidente Eduardo Bandeira de Mello.
Além dos títulos, grandes jogadores, base forte e uma ótima infraestrutura, ambos reduziram endividamentos, possuem contas equilibradas e um grande poderio financeiro, permitindo ótimos investimentos.
Ainda utilizando os dois clubes como exemplo, ambos possuem a saúde financeira em dia, conseguindo destinar recursos para a modernização dos centros de treinamento e criação de centros de formação.
Todo esse investimento na base é fundamental para a formação de atletas. Nos últimos anos, Flamengo e Palmeiras fecharam ótimos negócios com clubes europeus.
Em 2016, o atacante Gabriel Jesus foi vendido ao Manchester City (ING) por R$ 121 milhões. Foi a 6ª venda mais cara da história do futebol brasileiro.
Recentemente, Jesus acertou sua ida ao Arsenal (ING), e o Palmeiras recebeu R$ 14,5 milhões. A equipe brasileira ainda tinha 5% dos direitos econômicos do atleta.
No ano seguinte, Vinicius Jr. se tornou a 2ª venda mais cara da história. O Real Madrid desembolsou R$ 164 milhões para adquirir a prata da casa. Atualmente, Vini é o 3º jogador mais valioso do mundo, valendo R$ 615 milhões.
Formar grandes jogadores não apenas ajuda nas finanças, como também no desempenho dentro de campo. A qualidade deles contribui para o desempenho da equipe.
Junto a eles, clubes costumam contratar jogadores consagrados e com bagagem para compor o elenco. A mescla de craques jovens com craques experientes costuma resultar em títulos e grandes atuações.
Os títulos proporcionam altas premiações aos vencedores. Com o título da Copa do Brasil de 2022 contra o Corinthians, o Flamengo recebeu R$ 76,8 milhões. Já o vice ficou com R$ 41 milhões. Se conquistar a Copa Libertadores de 2022, a equipe carioca ganhará mais R$ 82,7 milhões.
E qual empresa não quer ter a sua marca estampada na camisa de um time campeão? Considerando apenas patrocinadores masters, o Palmeiras recebe R$ 81 milhões anuais. Enquanto isso, o Flamengo R$ 35 milhões, São Paulo R$ 24 milhões e Corinthians R$ 20 milhões.
Outra onte de renda importante vem das cotas televisivas. Em contratos para a TV aberta e TV por assinatura, 40% do valor é distribuído igualmente aos clubes que concordaram com os acordos, 30% é dividido conforme a quantidade de jogos, e a porcentagem restante serve de premiação de acordo com o desempenho dos times.
Segundo o relatório elaborado pela consultoria EY, a pedido da Confederação Brasileira de Futebol (Futebol) aproximadamente 25,7 milhões de brasileiros acompanham as transmissões pela TV. A quantidade de torcedores e fãs que assistem em bares, restaurantes e outros tipos de comércio chega a quase 15 milhões.
O princial esporte do Brasil movimenta R$ 54,9 bilhões, representando 0,72% do total do PIB. Mas o futebol brasileiro possui enorme potencial, que é desperdiçado pela falta de integração.
A Premier League, primeira divisão inglesa, contribuiu de forma direta ao PIB com 7,6 bilhões de libras durante 2015 e 2016. 100 mil empregos diretos e indiretos foram criados e 3,3 bilhões de libras foram pagas ao governo local.

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