Neri Geller será secretário de Política Agrícola, confirma Fávaro – Revista Globo Rural

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Por Raphael Salomão — Brasília (DF)
26/01/2023 17h10 Atualizado 26/01/2023
O deputado federal Neri Geller (PP-MT) será o novo secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura e Pecuária, cargo que já ocupou em gestões anteriores do PT no governo federal. O nome de Geller foi confirmado nesta quinta-feira (26/1) pelo ministro Carlos Fávaro, em entrevista à Globo Rural, na sede da pasta, em Brasília (DF).
Ao ser perguntado sobre como imagina o próximo Plano Safra, para a temporada 2023/2024, Fávaro citou Geller nominalmente como futuro secretário de Política Agrícola. Ele deve assumir o cargo depois da troca de legislatura no Congresso Nacional, em fevereiro.
Geller participou do Grupo Técnico de Agricultura durante a transição de governo. Seu nome chegou a ser até mesmo cogitado para comandar o Ministério, cargo que também já ocupou no governo federal.
Na entrevista à Globo Rural, Carlos Fávaro disse já ter determinado a Geller iniciar as discussões sobre os recursos para o próximo Plano Safra com o Ministério da Fazenda, chefiado pelo ministro Fernando Haddad.
“Já determinei ao secretário, futuro secretário Neri Geller, que vai assumir a Secretaria de Política Agrícola nos próximos dias, quando deixar de ser deputado federal, para, junto com a sua equipe, começar a interlocução com o Ministério da Fazenda para equacionarmos recursos”, disse Fávaro.
Entre as prioridades para o próximo Plano Safra, o ministro destacou a necessidade de fortalecer o Pronaf, voltado para o financiamento da agricultura familiar, e o seguro agrícola. Também colocou entre as prioridades o Moderfrota, de financiamento da compra de máquinas e implementos agrícolas.
“À medida que você dá apoio à aquisição de equipamentos, além de aumentar a produção no campo, gera empregos na cidade, oportunidade na indústria. Aí, gera impostos para o Brasil ter superávit”, analisou.

Agricultura de Baixo Carbono

Dentro da agenda de sustentabilidade no agronegócio, Carlos Fávaro destacou a necessidade de fortalecer também o programa de Agricultura de Baixo Carbono (ABC). Segundo ele, as linhas de crédito para o programa, ainda uma pequena parte dentro do Plano Safra, já têm taxas de juros entre as mais baixas do crédito rural.
A intenção do Ministério da Agricultura, segundo ele, é, cada vez mais, ter outras modalidades dentro do programa, como financiamento a biofábricas, por exemplo. O ministro disse acreditar que a tendência é de que os critérios de Agricultura de Baixo Carbono passem a permear cada vez mais a estrutura de crédito rural do Brasil. Mas ainda há um caminho a se percorrer rumo a esse objetivo.
“É uma conjuntura natural, que não se consegue impor pela força. Você vai ganhando pelo convencimento. Temos que incentivar a pesquisa, a inovação, a assistência técnica e, pelo convencimento, quero crer que, em um futuro próximo, toda a política agrícola seja voltada ao ABC”, afirmou.
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