No STJ, Bolsonaro se diz preocupado com perseguição jurídica fora do cargo – UOL Confere
Texto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.
Escreve sobre o Poder Judiciário, com ênfase no Supremo Tribunal Federal, desde 2001. Participou da cobertura do mensalão, da Lava-Jato e dos principais julgamentos dos últimos anos. Foi repórter e analista do jornal O Globo (2001-2021) e analista de política da CNN (2022). Teve duas passagens pela revista Época: como repórter (2000-2001) e colunista (2019-2021).
Colunista do UOL
08/12/2022 04h00Atualizada em 08/12/2022 12h06
O presidente Jair Bolsonaro (PL) está preocupado com eventual perseguição que possa sofrer por parte do Judiciário a partir de 1º de janeiro de 2023, quando estiver fora do cargo —e, portanto, sem direito ao foro especial.
Os processos contra o presidente que hoje tramitam no STF (Supremo Tribunal Federal) devem ser transferidos para a primeira instância.
A preocupação foi manifestada na última terça-feira (6), durante evento de posse dos dois novos ministros que indicou para o STJ (Superior Tribunal de Justiça).
Diante de ministros de cortes superiores e de juízes, o presidente disse que não cometeu nenhum crime e que exerceu o cargo com honestidade.
Em resposta, ouviu de juízes e ministros que ele não seria alvo de qualquer tipo de perseguição.
Bolsonaro responde a quatro inquéritos no STF:
A PGR não apresentou denúncia contra o presidente em nenhum dos casos. Portanto, o presidente não é réu. Na avaliação de aliados do presidente, as investigações não têm elementos suficientes para justificar que continuem abertas.
A expectativa do entorno do presidente é que elas não tenham futuro na primeira instância.
Apesar do desabafo do presidente no evento, interlocutores próximos dele afirmam que ele não tem medo de ser condenado ou de ser preso, porque tem a consciência tranquila.
Em compensação, o vereador carioca Carlos Bolsonaro (Republicanos), filho do presidente, estaria mais preocupado com essa possibilidade. Ele é investigado pelo Ministério Público do Rio de Janeiro por peculato.
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Carolina Brígido
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