Nova pesquisa mostra uma diferença crucial entre Lula e Bolsonaro – VEJA
A eleição deste ano está deixando evidente que os discursos de Lula e Bolsonaro atingem eleitores de faixas de renda bem diferentes.
A nova rodada Datafolha do segundo turno divulgada nesta sexta, 14, mostra um crescimento importante do petista entre os mais pobres e um avanço do atual presidente entre os mais ricos.
Lula cresceu de 54% para 58% dos votos entre quem ganha até dois salários. Nesse grupo, apesar de todos os esforços e medidas eleitoreiras, Bolsonaro caiu de 37% para 36% no período de uma semana.
Já entre os eleitores que ganham mais de 10 salários, Bolsonaro subiu de 43% para 53% dos votos, crescimento significativo de dez pontos. Ao mesmo tempo, Lula caiu de 52% para 39% nesse eleitorado em uma semana, recuo de 13 pontos.
Nas demais faixas de renda, o petista caiu mais do que o atual presidente, diz a pesquisa.
Entre quem ganha de 2 a 5 salários, Lula manteve 41% dos votos e Bolsonaro foi de 52% para 53%.
No eleitorado que ganha de 5 a 10 salários, o ex-presidente caiu de 45% para 40% e Bolsonaro manteve os 52% que já tinha.
As diferenças mostram o quanto Lula tem facilidade de conquistar os votos dos mais necessitados, mesmo que Bolsonaro tenha adotado um “vale-tudo” concedendo benefícios e assistência nos últimos meses de governo.
Nas regiões, o Nordeste continua sendo um reduto petista importante. A distância que já era grande entre os dois ficou ainda maior, mostrando que Lula ainda não chegou no teto dos votos que pode ter entre os nordestinos. O ex-presidente subiu de 66% para 68% dos votos no Nordeste enquanto Bolsonaro caiu de 28% para 27%.
No Sul, Lula manteve 38% dos votos e Bolsonaro oscilou de 54% para 55%. No Centro-Oeste, Lula caiu de 40% para 39% enquanto o presidente manteve 55%. No Norte, cada um ganhou um ponto: Lula saiu de 45% para 46% e Bolsonaro subiu de 48% para 49%. No Sudeste, a notícia foi boa para o presidente, que subiu de 47% para 48% enquanto Lula manteve 44% das intenções de voto.
Numa disputa tão acirrada, cada ponto importa e essa dificuldade que um candidato tem de falar com determinados segmentos de eleitores pode ser decisiva para o resultado do dia 30.
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