O descontentamento na PM por causa da interferência política explícita – Cada Minuto

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A exoneração do coronel Wilson da Silva do Comando de Policiamento do Interior, da PM alagoana, veio explicitar a interferência política na instituição, o que não mais se esperava.
Oficiais e praças já não falam baixo o nome do “comandante real” da Polícia Militar: o deputado Marcelo Victor, presidente da Assembleia Legislativa.
Foi ele quem “indicou” o coronel Paulo Amorim para assumir o principal posto da maior instituição militar de Alagoas, que vinha passando por um processo crescente de profissionalização e de independência dos caciques políticos alagoanos.
Agora, temas como possível ressurgimento da “gangue fardada” nos quartéis já fazem parte de conversas entre os militares, principalmente em grupos de WhatsApp dos integrantes da corporação.
Lembrando que a tal organização criminosa, que espalhou terror e morte em Alagoas, nasceu da relação estreita criada entre polícia e política.
Ressalte-se mais uma vez: o ex-governador Renan Filho atuou com respeito com os militares nos últimos oito anos, mas não deve permitir que essa chaga volte a ser uma marca da PM de Alagoas.  
O que vem ocorrendo nas últimas semanas há de servir de alerta para a própria instituição, cujos servidores, majoritariamente, não parecem dispostos a aceitar essa promiscuidade.
Tomara que consigam barrar os avanços de quem só tem compromisso com os seus mais próximos.
Jornalista, escritor e músico.
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