O destino de Lula e Bolsonaro e o desafio do dia seguinte à eleição – VEJA

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Neste domingo, 156.454.011 eleitores estão aptos a votar para presidente, governador, senador e deputados federais e estaduais. Numa das campanhas mais acirradas da história recente, com pouco debate de propostas e muita troca de acusações, a principal dúvida recai sobre a corrida ao Palácio do Planalto: Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vencerá no primeiro turno ou terá de enfrentar Jair Bolsonaro (PL) no segundo turno?
As pesquisas divergem sobre esse ponto específico, mas o fato é que o resultado da votação pode ter a marca do ineditismo. Fenômeno eleitoral em 2018, quando implodiu a regra segundo a qual para conquistar a Presidência é preciso ter ampla coligação partidária, gastar rios de dinheiro e dispor de bom tempo na propaganda eleitoral, Bolsonaro pode realizar outro feito em 2022 — desta vez negativo: ser o primeiro mandatário em busca da reeleição a ser derrotado. Até Dilma Rousseff, com a Lava-Jato nas ruas e as manifestações populares nos calcanhares, conseguiu renovar o mandato em 2014.
Lula, por sua vez, pode ser o primeiro político a conquistar três vezes a Presidência da República, cargo para o qual concorre pela sexta vez. A vitória seria a redenção do petista, que não disputou em 2018 por ter sido preso e considerado inelegível. Com suas pendências judiciais devolvidas à estaca zero por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), o ex-presidente impulsionou a sua campanha prometendo pacificar o país, distensionar as relações institucionais e governar com a ajuda de uma amplo arco de alianças, da esquerda ao centro.
Lula falou de amor, de um passado em que as pessoas viviam melhor, mas teve como maior cabo eleitoral a rejeição a Bolsonaro, catalisada pela gestão negacionista durante a pandemia e as agruras econômicas, sobretudo a inflação dos alimentos. Já o ex-capitão apostou no antipetismo e na série de escândalos de corrupção estrelados pelo PT, como o mensalão e o petrolão. Um quis mostrar que o outro é pior, e ambos se negaram a apresentar um projeto para o país.
Em 2022, há certo consenso de que o eleitorado — ou boa parte dele — não escolherá com entusiasmo, mas votará, resignado, naquele que menos rejeita. O vencedor, seja Lula ou Bolsonaro, não deve se esquecer disso. Fora dos cercadinhos das plateias amigas, há um país dividido, até certo ponto conflagrado e repleto de problemas, da fome que assola 33 milhões de pessoas ao descontrole das contas públicas. Governá-lo será bem mais difícil do que ganhar a eleição e demandará grandeza e comprometimento público — qualidades que os dois favoritos, infelizmente, demonstraram poucas vezes durante a campanha.
Confira a apuração do resultado das eleições 2022 aqui na Veja.
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