O ‘detalhe’ que deve complicar o ex-ministro de Bolsonaro – VEJA

Anderson Torres, o presidiário e ex-ministro da Justiça de Jair Bolsonaro, resolveu ficar em silêncio no depoimento que deu à Polícia Federal nesta quarta-feira, 18.
A estratégia se soma a outra.
O delegado – esse mesmo que entrou para a política e acabou encarcerado – largou o celular nos Estados Unidos, onde estava quando ocorreram os ataques terroristas em Brasília. Tudo para não produzir provas contra si, já que ele havia assumido a Secretaria de Segurança do DF.
Mesmo que a estratégia de defesa tenha algum efeito positivo para ele, tratam-se de dois atos que carimbam na testa de Anderson Torres um baita atestado de culpa.
Como se sabe, o ex-ministro da Justiça é acusado de leniência por conta da destruição das sedes dos três poderes da República.
Ocorre que, assim como Jair e Carlos Bolsonaro, Anderson Torres pode ver seu tiro – a estratégia de defesa – sair pela culatra.
Não seria também destruição ou ocultação de provas o fato de o celular ter ficado nos EUA? Pior: não seria obstrução de justiça? Esse é o sinal de alerta na cabeça de investigadores do caso.
Afinal, o celular pode ter provas contra terceiros também. Pessoas que participaram, por exemplo, da preparação da infame minuta do golpe.
Por enquanto, contudo, Jair Bolsonaro pode respirar aliviado. O seu homem de confiança está disposto a esconder o jogo e não abrir a boca sobre o que de fato aconteceu no governo golpista.
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