O dilema de Bolsonaro – O Bastidor – O Bastidor

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O presidente Jair Bolsonaro foi aconselhado por aliados, mais uma vez, a assumir a liderança do movimento político que criou. Ele resiste. Prometeu aos ministros do Supremo que dele não virá baderna institucional.
A pressão de alguns de seus principais apoiadores prossegue. Ontem (terça), milhares de eleitores do presidente foram aos quartéis contestar o resultado das eleições e pedir um golpe militar. É a segunda semana de manifestações. Nas palavras de um tuíte do general Villas Bôas, que viralizou na madrugada de ontem, foram “pedir socorro” às Forças Armadas. Um eufemismo para intervenção militar.
Quanto mais tempo Bolsonaro permanece em silêncio, mais uma parte de sua base busca “socorro” diretamente entre os militares. Na avaliação de aliados, Bolsonaro perde capital político com a inércia. Há aliados mais aloprados que pedem a Bolsonaro para quebrar seu compromisso com o Supremo e apoiar a pauta golpista – um movimento que provavelmente resultaria na prisão de alguns dos envolvidos e expulsaria o ainda presidente de ser candidato em 2026; o Congresso e o Judiciário puniriam com rigor uma atitude tresloucada de Bolsonaro.
Há outros aliados, contudo, que aconselham o presidente a seguir outra estratégia. Bolsonaro passaria a falar aos seus eleitores e à frustração deles, reconhecendo o sentimento de injustiça que eles expõem, mas sem apoiar discursos golpistas. Organizaria sua base para uma oposição “dentro das quatro linhas” contra Lula. Assim, raciocinam aliados, Bolsonaro poderia manter seu expressivo apoio popular com vistas às eleições de 2024 e 2026.
O problema desse caminho é simples: Bolsonaro acredita, de fato, que foi roubado. Sendo assim, já indicou a aliados que não conseguiria falar sem endossar, de alguma maneira, o movimento golpista em frente aos quartéis.
O comportamento de Bolsonaro é instável e, num momento de pressão, imprevisível. Se abandonar o silêncio, ninguém sabe dizer se não elevará a tensão de uma transição difícil. De uma coisa seus aliados e adversários têm certeza: a ausência de Bolsonaro, caso prossiga, será preenchida. Por uma liderança ainda mais radical, ainda que demore um tempo. A base social do presidente e as insatisfações que ela demonstra não se esvairão tão cedo. E são instrumento fácil para novos aventureiros.
Pegou mal no Piauí a fala de Ciro Nogueira, ministro-chefe da Casa Civil de Jair Bolsonaro, de que o governo não apoiaria o Bolsa Família fora do teto de gastos pelos próximos quatro anos.
Depois de serem perseguidos e xingados de todas as formas possíveis, os ministros do Supremo Tribunal Federal começaram a responder aos ataques dos bolsonaristas em Nova York.
O texto proposto pelo governo de transição de Lula para a PEC de Transição a ser apresentado nesta quarta-feira, 16, prevê um piso para investimentos em obras.
Desde que chegaram ao Centro Cultural Banco do Brasil, em Brasília, petistas que participam da equipe de transição só usam rede própria de internet
Antes de viajar, Lula distribuiu missões a interlocutores para que sondem a ministra Rosa Weber, presidente do Supremo Tribunal Federal, sobre a possibilidade de atrasar o julgamento sobre o orçamento secreto.
Além de disputar o Ministério das Comunicações com o petista Ediho Silva, Gilberto Kassab pensa em outras pastas para o PSD participar do futuro governo Lula.
Os ministros do STF que estão em Nova York para um evento organizado pelo Lide, de João Doria, já sabiam que seriam alvos de bolsonaristas. Eles foram avisados, ainda no Brasil, pela segurança da corte, que monitorou a organização desses ‘protestos’ pelas redes sociais.
Mesmo tendo indicado os nomes para compor o grupo de Educação da equipe de transição de Lula, Fernando Haddad quer mesmo é ocupar o Ministério da Infraestrutura.
A equipe de transição do governo eleito trabalha com a ideia de que a rejeição dos presidentes da Câmara e do Senado à proposta de tirar o Bolsa Família das restrições do teto de gastos por meio da PEC da Transição faz parte da disputa pelos comandos das casas.
A nova presidente do Superior Tribunal de Justiça, Maria Thereza de Moura, resolveu pôr fim à comilança farta que rolava solta na corte. Ministros, juízes, assessores, visitantes e até familiares de alguns estavam acostumados a fazer uma boquinha nos gabinetes. Em vez de pedir um iFood, ligavam na copa do tribunal.
O corregedor nacional de Justiça Luis Felipe Salomão suspendeu votação para escolher os nomes que disputam 13 vagas de desembargador no TRF1. Mas, em caso semelhante, tomou uma decisão oposta.
Em um comunicado emitido neste sábado, a presidente do Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região, Edith Tourinho, avisou os colegas que a falsificação de certificados digitais de servidores e desembargadores resultou em uma fraude de mais de 4 milhões de reais.
A Justiça do Trabalho brasileira está fora do ar. Dois dos principais sistemas à disposição dos magistrados foram suspensos nacionalmente em razão de um golpe aplicado no Tribunal Regional do Trabalho do Rio de Janeiro.
Confederação Nacional do Transporte envia ao Congresso projeto para que deputados e senadores tentem, por meio das emendas do relator e das emendas de bancada, aumentar os repasses para a área de infraestrutura no país. Segundo a entidade, projeto do Orçamento de 2022 prevê queda nos investimentos para a manutenção de rodovias no país.
O vice-presidente do Tribunal Regional Federal da 3 Região, Antonio Cedenho, suspendeu a liberação de 900 milhões de reais em royalties de petróleo ao município paulista de São Sebastião.

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