O próximo passo do governo Lula para satisfazer aliados que ficaram de fora dos ministérios – CartaCapital

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Um dia após a posse, integrantes da gestão federal começam a definir os nomes que vão compor o segundo escalão
Um dia após a posse do presidente Lula (PT), integrantes do governo começam a definir os nomes que vão compor o segundo escalão da gestão federal.
Partidos que apoiaram o petista desde o primeiro turno da eleição e ficaram de fora do primeiro escalão devem ser contemplados nas próximas rodadas de nomeações. Em jogo estão cargos em secretárias de ministérios,  empresas estatais e bancos públicos.
Entre as siglas ainda não contempladas estão Solidariedade, PV, Avante, PROS e Agir, que faziam parte da Coligação Brasil da Esperança junto com PT, PSB, PCdoB, Rede e PSOL. Além dos aliados, quadros petistas também ganharão espaço na administração federal.
“As negociações começam amanhã [hoje]”, afirmou a CartaCapital o ex-deputado estadual pelo Rio Grande do Sul Edegar Pretto (PT) no domingo 1º durante a posse de Lula. O petista, que foi candidato a governador, chegou a ser cotado para o Ministério do Desenvolvimento Agrário, mas a pasta ficou com o deputado federal Paulo Teixeira (PT).
Parlamentares do PT defenderam que o deputado federal Vicentinho (PT) assumisse o comando dos Correios a partir deste ano. À reportagem o petista admitiu dificuldades já que o Ministério das Comunicações, responsável pela empresa pública, será ocupado pelo União Brasil e não pelo PT.
Na semana passada, após Lula anunciar os últimos ministros, o líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), afirmou que todos os aliados serão atendidos.
“Tenho certeza que teremos juntos o Agir, Avante, Solidariedade, PV e todos os demais”, disse o senador. “Nessa obra enorme da reconstrução nacional cabem todos os partidos que estiveram no primeiro e segundo turnos”.
As articulações são feitas pela presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, pelo futuro ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, e pelos líderes do governo na Câmara, José Guimarães, e do Senado, Jaques Wagner.
“Demos o primeiro passo, avaliamos a experiência, as características das pessoas indicadas e o tamanho dos partidos e da presença no Congresso Nacional”, declarou Padilha. “Mas esses partidos [que ficaram de fora] têm quadros competentes e vão ajudar a compor o governo”.
Veja como ficou a divisão de ministérios:
Alisson Matos
Editor do site de CartaCapital.
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