O que as ações das estatais dizem sobre as chances de Lula e Bolsonaro – VEJA

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A melhor maneira de entender como o mercado está vendo as chances de Jair Bolsonaro (Partido Liberal) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à Presidência no segundo turno das eleições é verificar a trajetória das ações das empresas estatais no último mês, período em que houve a definição do primeiro turno e a confirmação do segundo. Isso porque nesse quesito o perfil econômico dos dois candidatos é bem definido: Lula é contra privatizações e as gestões do PT foram marcadas por escândalos de corrupção envolvendo estatais, o que desanima o mercado a comprar os papéis das empresas. Do outro lado da disputa, Bolsonaro se diz a favor de uma agenda liberal e o desempenho das empresas foi positivo no seu governo, o que provoca o efeito contrário.
“Vimos nos últimos dias que o mercado está precificando a vitória do Lula, mesmo que a distância de Bolsonaro em relação a ele tenha diminuído. Porém as estatais deveriam performar pior caso a expectativa de vitória de Lula continue“, diz Fernando Siqueira, chefe de pesquisas da Guide Investimentos. Um dia após a definição do primeiro turno, quando a quantidade de votos a Bolsonaro destoou das pesquisas eleitorais e veio muito acima da expectativa, as ações do Banco do Brasil e da Petrobras dispararam. No acumulado do mês (do fechamento da sexta-feira, 30 de setembro, que antecedeu o primeiro turno, até o fechamento desta quarta-feira, 26), os papéis das empresas oscilaram respectivamente 9,7% (PETR4) e -1% (BBAS3).
As variações no período, porém, acompanharam a sensação de crescimento das chances de Bolsonaro pelo mercado. Até a sexta-feira, 21, por exemplo, após as restrições do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a meios de comunicação e a confirmação da ausência de Lula no debate do SBT, as ações da Petrobras e do Banco do Brasil atingiram a máxima do mês, de respectivamente 26,5% e 15,9%. Nos últimos dias, porém, elas caíram significativamente depois que Roberto Jefferson, apoiador de Bolsonaro, atirou, jogou granadas e feriu agentes da Polícia Federal que foram a sua casa para cumprir determinações do TSE, no domingo, 23. Para se ter ideia, na semana, a Petrobras e o Banco do Brasil acumulam queda de 13,2% e 14,7%.
Sabesp e eleições em São Paulo
A mesma lógica das estatais de controle federal vale para a Sabesp, empresa controlada pelo governo do Estado de São Paulo, onde os candidatos Fernando Haddad (Partido dos Trabalhadores), pró-estado, e Tarcísio de Freitas (Republicanos), mais liberal, disputam o segundo turno. Nesse caso, porém, as ações dispararam e valorizaram 17% no dia após a decisão do primeiro turno, na qual a quantidade de votos de Tarcísio surpreendeu.
Depois, no entanto, a empresa passou por uma leve oscilação, mas se manteve estável com a expectativa da vitória do candidato do Republicanos. No mês, os papéis da empresa oscilaram 14,6%. “Por mais que uma pesquisa do Ipec tenha apontado recentemente uma diferença pequena entre os dois candidatos, vimos nas urnas e em outras pesquisas eleitorais uma vantagem substancial do Tarcísio. Então, o mercado está com uma perspectiva mais segura em relação a sua vitória”, diz Phil Soares, chefe de análises de ações da Órama Investimentos.
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