O que esperar da primeira reunião do Copom no governo Lula – VEJA
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O Comitê de Política Monetária (Copom) vai se reunir para definir os rumos da política monetária do país nos próximos dias 31 de janeiro e 1° de fevereiro. É a primeira reunião do ano e, por consequência, a primeira durante o governo Lula. Também é a primeira vez que um presidente da República recém-empossado não indica o novo presidente do BC, em razão da independência do banco promulgada em fevereiro de 2021. O presidente Lula só pode mudar o comando do Banco Central em dois anos. Recentemente, o presidente classificou a independência do banco, que é comandado pelo economista Roberto Campos Neto, como “uma bobagem”.
Apesar do estresse desnecessário e inoportuno provocado por Lula, membros do governo e do próprio Banco Central trataram de colocar panos quentes na história. O ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, foi categórico ao dizer que uma possível reversão da independência do banco não está nos planos do governo. Já Campos Neto relativizou as falas de Lula e afirmou que o presidente quis enaltecer a independência de Henrique Meirelles à frente do BC em seus dois primeiros mandatos.
Fato é que a expectativa para a primeira reunião do Copom no governo Lula é de manutenção na taxa básica de juros do país, a Selic, a 13,75% ao ano. Apesar do aumento nas projeções de inflação apontado pelas últimas edições do Boletim Focus, o mercado não espera por elevações na taxa Selic. “O Copom volta a se reunir e deve manter a taxa Selic estável em 13,75% ao ano, de forma a assegurar a convergência da inflação para a meta no horizonte relevante de política monetária”, avalia o Itaú BBA em relatório enviado a clientes.
Por outro lado, existe a expectativa de que o BC também eleve suas projeções de inflação para o ano. “Estimamos que as projeções de inflação do comitê no cenário de referência devem avançar em todo o horizonte relevante, de 5% para 5,5% em 2023 e de 3% para 3,2% em 2024.”, conclui o banco.
Se o mercado não prevê um novo aumento na Selic em janeiro, a estimativa de cortes nas taxas de juros ao longo do ano começa a ruir. Em outras palavras, alguns bancos não esperam mais que o BC reduza a Selic em 2023 em razão dos temores de uma grande expansão fiscal no governo Lula e de uma inflação mais elevada este ano. “Projetamos que o Banco Central mantenha a taxa Selic em seu nível atual ao longo de 2023, dadas nossas expectativas de que a incerteza fiscal não diminuirá e que a expansão fiscal de curto prazo empurrará a inflação para cima”, diz o Credit Suisse. “O início do ciclo de flexibilização deve ocorrer apenas no terceiro trimestre de 2024, na hipótese de que haverá menos incerteza quanto ao quadro fiscal”, conclui. O último Boletim Focus projeta que a Selic encerre o ano a 12,5%.
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