O que está por trás da aparente reviravolta … – BNamericas

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A postura do México em relação às energias renováveis está em uma encruzilhada, já que as negociações com os EUA e o Canadá sobre a estrutura da política energética do país continuam.
Nas últimas duas semanas, o secretário das Relações Exteriores, Marcelo Ebrard, o chefe da estatal CFE, Manuel Bartlett, e o presidente Andrés Manuel López Obrador (AMLO) disseram que estão pressionando por uma agenda forte de energias renováveis no estado de Sonora, no norte do país, onde cinco grandes parques solares deverão ser construídos. Pelo menos um parque eólico também seria construído na península de Yucatán.
O presidente seguiu com o surpreendente comentário de que os EUA deverão financiar os projetos a “taxas preferenciais”, uma vez que produzirão energia limpa. Isso foi uma referência à insistência de Washington de que o México deveria se alinhar com a transição energética e parar de atrapalhar os investidores estrangeiros que tentam construir usinas de energia renovável.
Está ficando cada vez mais claro que a CFE e o governo esperam conceder os projetos a investidores dos EUA e do Canadá, embora a estatal de energia mantenha a propriedade.
Enquanto o México pressiona por metas de energia renovável mais ambiciosas na cúpula da COP-27 em Sharm el-Sheikh, no Egito, e enquanto observadores locais e internacionais esperam que ele não alcance nem mesmo suas modestas metas atuais de emissões, os investidores se perguntam como planeja cumprir tal crescimento se todos suas políticas no setor até agora parecem apontar na direção oposta.
“Minha percepção é que Sonora está fora da região centro-sul do país, onde o presidente quer se beneficiar e exercer controle, por meio a expansão da [gigante estatal do petróleo] Pemex e da CFE”, afirmou à BNamericas Susana Cazorla, sócia da consultoria SICEnrgy da Cidade do México. “Eles estão dizendo que querem adicionar 4 GW ao 1 GW de Puerto Peñasco, mas não há transmissão […]. É possível que eles esperem que linhas sejam construídas em direção ao norte [e aos EUA].”
O novo lote de projetos, incluindo um parque eólico no estado de Oaxaca, poderia ser visto como uma compensação para empresas americanas e canadenses que formalizaram a reclamações sob o acordo comercial USMCA entre os três países. Os projetos serão provavelmente concedidos diretamente pela CFE sem um processo de licitação aberto, acredita Cazorla.
O ponto importante para o governo “é que as empresas devem ir ao gabinete do presidente e fazer um acordo. É assim que ele opera, e como ele fez no passado. É como ele resolveu os contratos de gasodutos, as queixas sobre o campo de Zama [petróleo], a briga sobre etano com a Etileno XXI. Tudo é feito dentro de um gabinete, onde se chega a um acordo e ninguém de fora sabe os detalhes”, ela acrescentou.
O FATOR EBRARD
Outro ângulo da história é que Ebrard é um dos potenciais candidatos do partido governista Morena para suceder AMLO nas eleições presidenciais de 2024. Na COP-27, Ebrard está pressionando por uma agenda climática diferente da que o atual governo seguiu até agora, enquanto corteja potenciais aliados internacionais.
“Ebrard está enviando sinais, por toda a administração, mas agora com força renovada, de que é amigo dos investidores e está preparando sua candidatura do ponto de vista da transição [energética]”, disse Cazorla. “[As pessoas em seu círculo] percebem para onde isso está indo” internacionalmente, onde os compromissos climáticos estão se tornando mais fortes e as demandas de energia limpa por investidores e instituições financeiras estão se tornando mais rígidas.
Ebrard prometeu na COP-27 que o México alcançaria 40 GW de capacidade de geração eólica e solar até 2030 como parte de seus compromissos para combater as mudanças climáticas. Isso significaria cerca de 25 GW em nova capacidade, o que parece difícil dadas as tendências atuais do mercado.
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