Os indicados de Bolsonaro no poder durante o governo Lula – – Revista Oeste
Mais de 50 indicados pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) vão permanecer em agências reguladoras, conselhos e autarquias, durante o governo Lula. Somente neste ano, Bolsonaro indicou mais de 20 integrantes para essas repartições.
Nos dois primeiros anos de mandato, Lula terá de trabalhar com o economista Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central (BC), indicado pelo chefe do Executivo. No ano passado, vigorou a lei que determina a independência do BC, o que impede o petista de escolher alguém de sua preferência para o cargo, logo depois de tomar posse.
A seguir, alguns nomes.
João Pedro Barroso Nascimento, presidente da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), responsável por fiscalizar o mercado financeiro. Ele foi indicado ao cargo por Bolsonaro em abril e ficará até 2027.
Para a presidência do Conselho Administrativo de Defesa Econômica, Bolsonaro indicou o advogado Alexandre Cordeiro, que ocupará o cargo até 2024. Cordeiro é próximo do ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP). No mesmo órgão, a procuradora-geral é Juliana Oliveira Domingues. Ela ficará no cargo até o início de 2024 e é ex-assessora do atual ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres.
É nas agências reguladoras e autarquias do governo que está lotada a maior parte dos indicados de Bolsonaro.
Até dezembro de 2024, a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis será chefiada pelo contra-almirante Rodolfo Saboia. Para a mesma agência, Bolsonaro indicou outros quatro dirigentes, cujos mandatos se estendem até, no máximo, 2026.
O almirante Antônio Barra Torres também ficará no comando da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) até dezembro de 2024. Na Anvisa, o presidente indicou ainda outros quatro diretores.
A Agência Nacional de Transportes Terrestres terá, até 2025, Robson Crepaldi, ex-assessor da Casa Civil, como ouvidor do órgão.
Bolsonaro também nomeou quatro integrantes do Conselho Nacional de Educação, que terão mandatos de quatro anos. Um deles é Elizabeth Regina Nunes Guedes, irmã do ministro da Economia, Paulo Guedes.
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