Os líderes estrangeiros presentes na posse de Lula – BBC News Brasil

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Crédito, Andressa Anholete/Getty Images
Lula ao lado de Janja, a primeira-dama, o vice-presidente eleito Geraldo Alckmin e sua esposa Maria Lucia Ribeiro Alckmin
De embaixadores a presidentes, cerca de 120 estrangeiros respresentaram seus países na posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em Brasília, no dia 1° de janeiro.
Mais de 70 delegações estrangeiras compostas por chefes e vices-chefes de Estado, de Governo e de Poder, além de ministros de negócios estrangeiros e enviados especiais marcaram presença na posse de Lula.
Estiveram presentes 19 chefes de Estado, quatro primeiros-ministros e uma primeira-dama, além de vice-presidentes, ministros de Estado, chefes de missões diplomáticas e representantes de organizações internacionais, entre outros.
O número de presenças é expressivamente maior do que na posse do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), em 2018. Na ocasião, dez chefes de Estado e de governo, metade deles latino-americanos, estiveram presentes.
Havia grande especulação sobre se o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, ou alguma delegação enviada por ele compareceria à posse. Uma portaria de 2019, editada na gestão de Jair Bolsonaro, vetava a presença do governante venezuelano em solo brasileiro, o que impediria a presença dele na cerimônia. A portaria, no entanto, foi revogada pelo atual governo, a pedido do governo de transição, no dia 29 de dezembro. Maduro acabou decidindo não comparecer e enviar o presidente da Assembleia Nacional, Jorge Rodrigues.
Confira, a seguir, alguns dos destaques da lista de líderes que foram ao evento.
Estiveram os presidentes de Portugal, Marcelo Rebelo de Souza, e da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier.
Crédito, Handout/Comunicado Getty Images
Lula e o presidente da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier
O rei da Espanha, Felipe VI, também marcou presença na posse.
O monarca espanhol ascendeu ao trono em 2014, após o pai, rei Juan Carlos, abdicar em consequência de alguns escândalos de adultério e recebimento suspeito de dinheiro.
Reino Unido, França e a União Europeia (UE) decidiram ser representados por enviados especiais.
A enviada britânica é Thérèse Coffey, secretária de Estado para Meio Ambiente, Alimentação e Assuntos Rurais. Ela já se reuniu com membros da equipe de transição de Lula durante a COP-27, no Egito.
Crédito, Getty Images
Rei Felipe 4º, da Espanha
O presidente argentino, Alberto Fernández, foi um dos primeiros a confirmar presença publicamente na posse.
O peronista deve ser um dos principais aliados internacionais de Lula em seu início de mandato. O primeiro compromisso oficial do presidente eleito após a vitória nas urnas foi justamente um encontro com Fernández, em São Paulo, no dia seguinte ao segundo turno.
Crédito, Tania Rego/Agência Brasil
Lula e Alberto Fernandez no dia 1 de janeiro de 2023
Outros presidentes da América do Sul presentes foram Luis Arce (Bolívia), Gabriel Boric (Chile), Rodrigo Chaves (Colômbia), Guilherme Lasso (Equador), Mario Abdo Benitez (Paraguai) e Luís Lacalle Pou (Uruguai).
No caso do Uruguai, dois ex-presidentes, Julio María Sanguinetti (1995-2000) e José Pepe Mujica (2010-2015), também vieram ao Brasil para cumprimentar Lula.
Crédito, Tania Rego/Agência Brasil
Julio María Sanguinetti e José Pepe Mujica cumprimentam presidente Lula
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, não participou do evento.
No seu lugar, a Casa Branca anunciou três enviados: a secretária do Interior, Deb Haaland, Douglas Koneff, encarregado de Negócios da Embaixada em Brasília, e Juan Gonzalez, assistente especial do presidente e diretor sênior para Assuntos do Hemisfério Ocidental, do Conselho de Segurança Nacional.
Já a China enviouo vice-presidente Wang Qishan para liderar a delegação chinesa na cerimônia de posse.
O ministro Wang Wenbin, das Relações Exteriores, disse que a diplomacia entre os dois países é estratégica.
"A próxima viagem do vice-presidente Wang Qishan ao Brasil, como representante especial do presidente Xi Jinping, para a posse presidencial de Luiz Inácio Lula da Silva fala da grande importância que a China atribui ao Brasil e às nossas relações bilaterais", disse Wenbin antes do evento.
Crédito, Getty Images
Valentina Matviyenko e o presidente da Rússia, Vladimir Putin
Apesar do conflito atual entre Rússia e Ucrânia, as duas nações enviaram representantes a Brasília.
O governo ucraniano confirmou a presença de um vice-primeiro ministro, enquanto o Kremlin decidiu enviar a presidente do Conselho da Federação Russa, Valentina Matvienko (equivalente ao presidente do Senado no Brasil). As lideranças estrangeiras foram convidadas para uma recepção na noite deste domingo (1º) no Itamaraty.
Segundo o responsável pelo cerimonial da posse, trata-se do maior evento com autoridades estrangeiras de alto nível no Brasil desde os Jogos Olímpicos Rio 2016.
Outros presidentes que estiveram no evento são João Lourenço (Angola), Irfaan Ali (Guiana), Xiomara Castro (Honduras), Chan Santokhi (Suriname), José Maria Neves (Cabo Verde), José Ramos Horta (Timor Leste), Faure Gnassingbé Togo, Wang Qishan (Zimbábue).
Entre os vice-presidentes, estavam Salvador Mesa; de El Salvador, Félix Ulloa e do Panamá, José Gabriel Carrizo. A primeira-dama do México, Beatriz Gutiérrez Müller, veio representando o presidente do país, Manuel López Obrador.
Já os chefes de Governo quer marcaram presença foram os da República de Guiné, Mali, Marrocos e São Vicente e Granadinas. Estiveram presentes ainda os vice-primeiros ministros do Azerbaijão e da Ucrânia.
– Este texto foi publicado originalmente em https://www.bbc.com/portuguese/brasil-64122354
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