Os melhores de 2022 no automobilismo mundial – World of Motorsport – World of Motorsport

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F1, F2 e muito mais! Confira quem foram os melhores pilotos do ano de 2022, segundo o World of Motorsport – foto: rudy carezzevoli/getty images/red bull content pool
Não sei por que, mas sempre tive como tradição postar aqui no World of Motorsport a lista dos melhores pilotos do ano no dia 31 de dezembro. Era uma forma de assegurar que não deixaria nada passar e poderia alterar a lista se alguma coisa acontecesse até o último momento. Mas a realidade é que daria de sobra ter postado logo depois do GP de Abu Dhabi.
Tendo dito isso, a lista abaixo é divida em seis categorias: revelação/surpresa do ano, melhor piloto de categorias de turismo, kartista, de GT, protótipos ou endurance, das categorias de acesso e de monopostos.
Lembrando que em cada prêmio pode haver dois vencedores: para quem mais se destacou no mundo (podendo ser brasileiro ou não) e um representante do Brasil ou que correu por aqui durante o ano.
Vamos aos premiados:
Revelação/surpresa do ano: Ross Chastain
Antes do início da temporada 2022, Chastain havia tomado parte de 115 corridas na principal divisão da Nascar e terminado somente três delas entre os cinco primeiros. Nada indicava que, ao se transferir pra a Trackhouse, escuderia que havia acabado de comprar a operação da Ganassi, a situação iria mudar. Mas mudou. E como! Na nova casa, o americano conquistou duas vitórias no caminho rumo ao vice-campeonato. Só que foram as polêmicas que realmente chamaram a atenção: mandou A.J. Allmendinger para fora da pista para ganhar pela primeira vez, no Circuito das Américas, se enroscou 29342398423x com Denny Hamlin e protagonizou o grande lance da Nascar dos últimos anos ao jogar seu carro no muro de Martinsville, a toda velocidade, para não precisar frear ao fazer a curva e ganhar as posições que faltavam para avançar à decisão de Phoenix, numa imagem que rodou o mundo. Por esses motivos, Chastain foi o grande nome da Nascar em 2022 e dificilmente alguém conseguirá repetir suas façanhas logo. Menção honrosa para Dino Beganovic, campeão da FRECA, e para a dupla da Meyer Shank na Imsa: Oli Jarvis e Tom Blomqvist.
No Brasil: Enzo Fittipaldi. Quem acompanha o World of Motorsport sabe que costumo usar números e dados para avaliar o bom desempenho de um piloto em uma temporada. Mas o irmão mais novo de Pietro Fittipaldi desafiou as estatísticas. Quer ver? Nada explica como, na F2, ele brigou pelo vice até a última etapa, mesmo andando pela Charouz, uma das piores equipes do grid. Enzo teve 12 de posição média de largada e foi somente o 12º em termos de ritmo de corrida. Mesmo assim, obteve três segundos lugares e um terceiro, aos domingos, isto é, na bateria sem o grid invertido. Ou seja, foi rápido quando precisou ser e não perdeu tempo ao ultrapassar. Vamos ver se, defendendo a Carlin em 2023, continua evoluindo.
Melhor piloto de turismo: Shane van Gisbergen.
Durante muito tempo, a Supercars, da Austrália, tinha como principais equipes a Triple Eight (que contava com os investimentos da Holden) e a Penske (a esquadra da Ford e com todo o apoio de Roger Penske). De uns anos para cá, a Penske saiu da categoria, e Jamie Whincup, que conquistou sete títulos pela Triple Eight, se aposentou no fim de 2021, sendo substituído pelo novato Broc Feeney. Ou seja, Van Gisbergen, no outro equipamento da 888, ficou praticamente sem adversários. Em situações com essa, o que se espera de um piloto acima da média é dominar o campeonato. E o neozelandês assegurou o tri da Supercars com 21 vitórias em 34 corridas, incluindo na tradicional prova de Bathurst. Menção honrosa também a Mikel Azcona e a Tom Ingram, campões do WTCR e do BTCC, respectivamente.
No Brasil: Rubens Barrichello. Aos 50 anos de idade, o ex-F1 conquistou o bi da Stock Car com três primeiros lugares e uma rara varrida em Goiânia. A taça veio em uma decisão polêmica, em Interlagos, na qual Gabriel Casagrande (que nem havia nascido quando Barrichello estreou na F1) acabou desclassificado ao bater de propósito em Daniel Serra, outro que lutava pelo caneco. Em meio a isso, o ex-F1 ainda encontrou tempo para participar — e vencer — uma das etapas do GT Italiano.
Melhor piloto de GT, protótipos ou endurance (sportscar): Raffaele Marciello
Com todo o respeito aos adversários, mas Marciello talvez seja aquele famoso caso de um piloto bom demais para estar correndo de GT3. Em 2022, ganhou as tradicionais 24 Horas de Spa-Francorchamps (ao lado de Jules Gounon e Daniel Juncadella), o GTWC Endurance e o GT Masters (o alemão de GT3). Desde que estreou nos torneios da SRO, só em seu ano de estreia ficou de fora do top-3, mesmo muitas vezes tendo competidores amadores como parceiros. Não que defender a Mercedes seja um problema, ainda mais para alguém com um currículo tão recheado. Mas como a montadora não disputa um WEC, ELMS ou outro campeonato com protótipos, de certa forma, o suíço acabou estagnado no GT3. Além disso, com mais de 1,90m de altura, carros de fórmula não são uma opção para ele. Talvez sua situação mude em breve: vai estrear na divisão LMP2 das 24 Horas de Daytona no início de 2023.
No Brasil: João Paulo de Oliveira. Defendendo a Nissan no Japão, o brasileiro foi campeão pela segunda vez em três anos da divisão GT300 do Super GT, ao lado de Kyoto Fujinami. A taça veio em uma decisão superemocionante, em Motegi, na qual teve um pneu furado e perdeu a roda dianteira no início da prova, recebendo a bandeirada somente na 19ª colocação. Seus principais adversários buscaram estratégias alternativas para ganhar o maior número de posições possíveis e tentar roubar a taça, chegaram perto, mas perderam rendimento no finzinho.
Melhor kartista: Tuukka Taponen
Com Andrea Kimi Antonelli, Rafael Câmara e Arvid Lindblad tendo feito a transição para os carros de fórmula ao longo dos últimos 18 meses, o kartismo internacional sentiu falta de seus principais nomes, e ninguém sobressaiu em 2022. No conjunto da obra, o prêmio vai para Tuukka Taponen, com um título mundial e dois vices nos últimos três anos.
No Brasil: Matheus Morgatto. Aos 19 anos de idade, o piloto teve um 2022 de altos e baixo, tendo sido, por exemplo, o 20º colocado no Europeu, apesar de ser um dos mais experientes do grid. Mas no Mundial esteve imbatível, ao ganhar quatro das cinco baterias classificatórias e dominar a final de ponta a ponta. Por ter entrado na história do kartismo brasileiro como o quarto representante do país ao terminar na frente no principal torneio da modalidade, Morgatto nem tinha como não ser premiado aqui.
Melhor piloto das categorias de acesso: Felipe Drugovich
Lembra lá em cima quando falei que costumo usar números e dados para avaliar o desempenho de um piloto? Então, o que falar de Drugovich, que conquistou o título da F2 com mais de 100 pontos de vantagem para o segundo colocado, colecionando cinco vitórias (incluindo uma varrida em Barcelona), tendo a melhor posição média de largada de todo o grid, com 4,7, sendo o mais rápido em ritmo de corrida, o que mais somou pontos aos domingos e o segundo que mais pontuou quando o grid invertido estava valendo? E tudo isso correndo contra adversários das academias de Mercedes, Sauber, Red Bull, Honda, Williams e Alpine!
Em 2022, o brasileiro defendeu a MP Motorsport, esquadra holandesa que vem investido pesado para se tornar uma das grandes das categorias de base da F1, mas que, na teoria, estaria atrás de favoritas como Prema, Carlin e ART Grand Prix. Drugovich não se importou com nada disso, fez valer sua experiência e os recursos do time para ser o primeiro brasileiro campeão da F2 e o primeiro de uma categoria de acesso direta da F1 desde Bruno Junqueira, campeão da F3000 em 2000.
Menção honrosa também para Andrea Kimi Antonelli, campeão das F4 Italiana e Espanhola, e Isack Hadjar e Zane Maloney, destaques na F3.
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Melhor piloto de monopostos: Max Verstappen
Se o título da temporada 2021 da F1 foi contestado por tudo o que aconteceu em Abu Dhabi, Max Verstappen não deu margem para as polêmicas nem chances aos adversários em 2022. Com uma Red Bull mais competitiva que qualquer outra escuderia do grid, o holandês sacramentou o bi com 15 vitórias — um recorde — em 22 corridas, além de ter chegado na frente em duas das três provas sprint. Aos 25 anos e com a F1 tendo cada vez mais etapas por temporadas, o holandês tem tempo de sobra de buscar todos os maiores recordes da categoria. Só resta ver por quanto tempo a escuderia austríaca conseguirá ser imbatível. De negativo, ficou a polêmica envolvendo a recusa em inverter as posições com Sergio Pérez, que lutava pelo vice, no GP do Brasil (o que pode afetar o clima dentro da equipe), e a punição pela esquadra ter rompido o teto de gastos em 2021, o que pode comprometer o desenvolvimento do equipamento de 2023.
No Brasil: Felipe Drugovich. Além de ter sido imbatível na F2 em 2022, o brasileiro ainda viu seus compatriotas não irem bem em categorias de monopostos ao longo do ano. Não houve representantes na F1, Helio Castroneves foi apenas o 18º na Indy, com somente três top-10 em 17 corridas, e Lucas di Grassi e Sergio Sette Câmara passaram longe da luta pela taça na Formula E.
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Jornalista de automobilismo. Especialista em F3, F4, F-Renault, Adac e nesses campeonatos que mais ninguém vê.
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