Os principais obstáculos de Lula na definição de ministérios – VEJA

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Faltando menos de quinze dias para a posse, o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva tem enfrentado obstáculos para fechar a formação dos ministérios de seu futuro governo.
Embora alguns dos principais titulares já tenham sido definidos — como Fernando Haddad na Fazenda; Rui Costa na Casa Civil; e Flávio Dino na Justiça e Segurança Pública — , pastas estratégicas e com orçamentos vultosos como Saúde e Educação ainda não foram equacionadas.
Desponta como favorito o nome de Nísia Trindade, presidente Fiocruz, para a saúde. Já no MEC, o meio de campo é mais enrolado. Inicialmente, a mais cotada era a governadora do Ceará, Izolda Cela (sem partido), numa virtual disputa com o deputado federal Reginaldo Lopes (PT-MG), que teve importante papel na campanha de Lula. Nesta semana, no entanto, Lula convidou o senador eleito e ex-governador do Ceará Camilo Santana (PT) para o posto. O movimento desbancaria Izolda, mas deixaria a ex-pedetista com a possibilidade do cargo número dois na pasta.
Membros da equipe de transição admitem que há uma dificuldade em acomodar aliados da frente ampla que elegeu Lula, bem como o de garantir espaço a petistas do núcleo duro de Lula, que brigam por um lugar à mesa no alto escalão do futuro governo. É o caso da escolha de nomes como Aloizio Mercadante, para o Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES), e de Luiz Marinho, convidado para o Ministério do Trabalho. “Há muitos brancos e paulistas com cargos. Não queremos que vire um ‘paulistério’”, diz um integrante.
Na leva de aliados da frente ampla sem futuro definido, está Simone Tebet, aliada importante de Lula no segundo turno. Enquanto o MDB já se uniu em torno da senadora e ex-presidenciável para o Ministério do Desenvolvimento Social, setores do PT veem com ressalvas o nome da senadora, muito em razão da área — que ficará responsável por, por exemplo, o Bolsa Família — ser uma importante vitrine para as eleições de 2026.
Aliados de Lula e integrantes da transição afirmam que mais nomes serão confirmados nos próximos dias, mas não é unanimidade que toda a composição de ministérios estará pronta até 1º de janeiro.
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