Paquetá leva Flamengo para seleção brasileira com Vinicius Jr., mas ganhou Tite como 'jogador europeu' – ESPN.com.br

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Lucas Paquetá, titular do Brasil contra a Croácia nesta sexta-feira (9), leva para a seleção ainda um pouco do que viveu no Flamengo, clube onde foi revelado ao lado de Vinicius Jr. Foi a versatilidade que desenvolveu na Europa, porém, que fez do meio-campista um dos homens de confiança de Tite.
Os laços com a equipe rubro-negra seguem evidentes na amizade e também entrosamento com Vinicius Jr., algo que, inclusive, contribuiu para um dos gols da goleada sobre a Coreia do Sul.

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Paquetá contou que já sabia, pelo movimento de Vinicius, que sairia um cruzamento, que ele acabou concluindo ao gol. Só que quando explicou sobre o lance, no quarto tento brasileiro nas oitavas de final, ele detalhou parte da mudança que viveu em seu estilo de jogo desde que chegou à Europa.
Na comparação com os demais homens de frente do Brasil, Paquetá é, por exemplo, o que “chega por último” na área adversária, já que desempenha “uma função mais defensiva”, em suas palavras.
“É um jogador, hoje, com mais rodagem, mais maturado”, analisou Zinho, outro meio-campista revelado pelo Flamengo que chegou à seleção. “O Paquetá, no Flamengo, chegou a jogar como segundo atacante, quase centroavante, mas era meia, pelo lado esquerdo. Nesse tempo de Europa e nesse modelo de jogo do Tite, ele tem funções táticas mais específicas na parte defensiva. Mas é mais moderno”, completou o hoje comentarista dos canais ESPN.
Paquetá está mais atualizado, um nível de disciplina, de postura de atleta, bem europeu. Tanto é que chama atenção de clubes pela Europa porque exerce várias funções. Os treinadores europeus gostam desse cara tático, que pode ser utilizado em várias funções”, seguiu.
É verdade que Paquetá sofreu para desenvolver esse lado “europeu”. No Milan, sua porta de entrada no continente, ele nunca conseguiu corresponder às expectativas. Contudo, mudou a cabeça, dentro e fora de campo, após o nascimento de seu primeiro filho e “renasceu” no Lyon.
A capacidade demonstrada para contribuir com a defesa no meio-campo, mas também aparecer bem no ataque e marcar gols chamou a atenção da Premier League e hoje Paquetá defende o West Ham – mas também esteve no radar de clubes maiores, como o Arsenal, na janela de transferências.
Se a chave de Paquetá talvez tenha demorado a virar na Europa, quem o viu surgir no Flamengo já acreditava que ele pudesse se adaptar a esse estilo, pelo foco que sempre mostrou.
“Com o Paquetá, trabalhei em 2018 e já se via o grande jogador que iria se transformar. Passou por esse momento de amadurecimento. Era um pouco mais explosivo, mas um moleque muito centrado e inteligente. É muito versátil e pode atuar em várias posições. Assumiu a titularidade e foi muito mais importante. É um garoto mais na dele, mas sabia o que queria da vida. É pautado no profissionalismo e equilíbrio“, contou Maurício Souza, ex-técnico do sub-20 do Flamengo.
Nesta Copa do Mundo, ele já foi tanto segundo volante, quanto meia. Mas, entre os modelos que Tite adota para o time, ele também pode atuar aberto pelas pontas, caindo pelo meio. Zinho e Maurício Souza entendem a importância que Paquetá tem para o treinador.
“Acho que Paquetá é titular na seleção hoje porque o Tite pode usar ele como meia, volante, meia pelo lado, já fez a função sem centroavante, com ele e o Neymar. Paquetá é versátil, a palavra é essa. Vira um trunfo para o treinador”, avaliou o tetracampeão do mundo.
“Paquetá é um jogador de proteção muito grande, muito difícil de tomar a bola dele. Tem a capacidade de dribles em espaços curtos e esconder a bola. Tem um poder de chegada e finalização muito grande. Ele atacava e defendia com muito vigor. Um jogador no meio de campo essencial para as equipes. Se você quiser grudá-lo como segundo volante ou mais pela frente, você pode. Ele tem um bom passe, é um jogador impressionante”, elogiou o ex-comandante do meia.
Já o lado rubro-negro segue aflorado, a ponto de Paquetá ter indicado durante a Copa que um dia retornará ao clube junto com Vinicius, que, por sua vez, se emocionou na seleção ao lembrar o que disse para o amigo quando eles deixaram o Flamengo: “Vamos viver coisas muito maiores”.
O salto para isso, sem dúvida, foi dado na Europa, mas, o ápice, os dois ex-rubro-negros esperam viver com o hexacampeonato com o Brasil no Qatar.

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