Pará é destaque no painel 'Os aprendizados da política pública de sociobioeconomia na Amazônia' – Agência Pará

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 Ao investir nos produtos prioritários da biodiversidade para a bioeconomia, estudos estimam que é possível captar R$ 178 bilhões até 2040
Equipe da Semas debate sobre recursos naturais em evento da Conferência da ONU sobre Biodiversidade (COP 15) Na primeira participação do Pará nas agendas oficiais da 15ª edição da Conferência das Nações Unidas sobre Biodiversidade (COP 15), que será realizada em Montreal, no Canadá, até o dia 19 de dezembro, o Plano Estadual de Bioeconomia foi apresentado como uma das alternativas para a mudança do uso da terra e florestas e a construção de uma economia de baixas emissões, mostrando assim que está preparado para colaborar para a preservação da biodiversidade ao mesmo tempo em que promove um desenvolvimento socioeconômico de baixo carbono. O painel conduzido pela The Nature Conservancy (TNC) “Os aprendizados da política pública de sociobioeconomia na Amazônia” destacou a bioeconomia da sociobiodiversidade como uma iniciativa que valoriza a natureza e a floresta, com o uso sustentável das riquezas da terra. O evento ocorreu na última quinta-feira (08), no Pavilhão Natureza Positiva.
Camille Bemerguy, diretora de Mudanças Climáticas, Serviços Ambientais e Bioeconomia da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas), na ocasião representou o titular da pasta, Mauro O’de Almeida, ao lado de Frineia Rezende, a atual diretora executiva da TNC Brasil; Cristina Julião, integrante do Conselho de Gestão do Patrimônio Genético do Brasil (CGEN), Nabil Moura Kadri, chefe do Departamento de Meio Ambiente e Gestão do Fundo Amazônia no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES); e Ricardo Mastroti, diretor Executivo do Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS).
O Plano de Bioeconomia  tem 92 ações que abrangem três eixos distintos, sendo eles: Cadeias Produtivas e Negócios Sustentáveis; Patrimônio cultural, patrimônio genético e conhecimento tradicional associado, e Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação. O Planbio é uma política pública que foi construída de forma multissetorial e sob a coordenação da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas) e ancorado na Política Estadual de Mudanças Climáticas (PEMC), sendo também um dos componentes do eixo desenvolvimento socioeconômico de baixo carbono do Plano Estadual Amazônia Agora (PEAA). 
O Pará é também o maior produtor de cacau, dendê, açaí e pimenta do reino do país. Há, ainda, o avanço significativo de culturas como soja, milho e arroz. A construção de conciliação dessas atividades com a sustentabilidade, ou seja, equilibrar a exploração dos recursos naturais pela sociedade é o desafio proposto pelo Plano de Bioeconomia. Ao investir nos produtos prioritários da biodiversidade para a bioeconomia, estudos estimam que pode-se alcançar R$178 bilhões até 2040.
“Como princípio, a ideia é da conservação. A gente sempre fala que são três elementos importantes: a economia, as pessoas e a floresta em pé. A gente tem que ver como conciliar tudo isso. Lembrando que é a primeira vez que se procura fazer desenvolvimento econômico com floresta em pé. Então, o Planbio é pioneiro tanto em termo de processo, como em termo de objetivo. Foi um processo longo que trouxe muito aprendizado que se tornou referência mundial. A gente quer que seja a possibilidade de transformação econômica e social, com olhar para o ambiental atento e cuidadoso” 
Bráulio Dias, professor da Universidade de Brasília (UnB), comentou sobre uma peça de lã em suas mãos, considerada a melhor lã do mundo, que vem da alpaca, animal ameaçado de extinção na Bolívia e no Peru. Ele conta que, após investimentos em conservação, a lã do animal passou a garantir renda para as populações tradicionais responsáveis por sua proteção. “Antes, indústrias têxteis como a italiana ganhavam muito dinheiro em cima das peças de lã de alpaca, pois países andinos eram meros fornecedores de matéria-prima. Isto é um exemplo forte de como a bioeconomia pode salvar a biodiversidade, mudar a vida das pessoas e gerar negócios de alto valor agregado”, frisou.
COP 15 – A COP15 representa a 15ª reunião da Conferência das Partes para a Biodiversidade. Ele dura duas semanas, começando em 7 de dezembro em Montreal, Canadá. A COP15 – juntamente com reuniões anteriores – está centrada na Convenção sobre Diversidade Biológica, um acordo internacional de 1992 sobre como as nações devem usar e proteger os recursos naturais do mundo. O acordo foi ratificado por 196 países.
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