Para garantir aprovação do pacote fiscal, governo deve promover reforma ministerial
A possível reforma ministerial em 2025 pode garantir que aliados do presidente Lula (PT) aprovem as reformas econômicas anunciadas pelo governo. As mudanças, no entanto, viriam após a eleição dos novos presidentes da Câmara e do Senado, que acontece em fevereiro.
De acordo com o G1, fontes afirmam que o governo precisa contornar o clima de insatisfação de partidos como PSD e União Brasil, que possuem bancadas consideráveis, para evitar que estes partidos passem a votar mais com a oposição do que com a base do governo.
O PSD queixa-se do espaço que tem hoje nos ministérios, com o Ministério da Pesca, considerado inexpressivo para o partido, além de Minas e Energia e Agricultura. O União Brasil tem uma ala que quer se distanciar do governo, visando as eleições de 2026.
O governo deve se apoiar no Progressistas, de Arthur Lira (AL), atual presidente da Câmara e no Republicanos, de Hugo Motta (PB), franco favorito para suceder o alagoano. O governo espera que tanto Lira quanto Motta retribuam o apoio do Executivo às suas articulações para a sucessão na Casa, já que a base do governo manifestou explícito apoio a candidatura do paraibano ao cargo.
Já no Senado, o favorito para assumir é Davi Alcolumbre (União-AP), o que pode complicar um pouco a situação do governo. No entanto, um Ministério para o atual presidente da casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), poderia ajudar a assegurar o apoio de uma das maiores legendas da casa.
Ainda de acordo com o G1, outra questão é o das emendas parlamentares. Se o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Flávio Dino, não atender aos pedidos do Congresso e do Governo, a equipe de Lula teria que garantir que o dinheiro das emendas seja liberado.