Parlamentares do PL de Bolsonaro ensaiam adesão a Lula, dizem governistas – UOL

0
80

Acesse seus artigos salvos em
Minha Folha, sua área personalizada
Acesse os artigos do assunto seguido na
Minha Folha, sua área personalizada

Assinantes podem liberar 5 acessos por dia para conteúdos da Folha
Assinantes podem liberar 5 acessos por dia para conteúdos da Folha
Assinantes podem liberar 5 acessos por dia para conteúdos da Folha
Recurso exclusivo para assinantes
assine ou faça login
Gostaria de receber as principais notícias
do Brasil e do mundo?
Assinantes podem liberar 5 acessos por dia para conteúdos da Folha
Assinantes podem liberar 5 acessos por dia para conteúdos da Folha
Assinantes podem liberar 5 acessos por dia para conteúdos da Folha
Recurso exclusivo para assinantes
assine ou faça login
Integrantes de partidos que formam a atual base de apoio a Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmam haver conversas com parlamentares da oposição, em especial do PL de Jair Bolsonaro, para adesão ao governo nos primeiros meses da atual gestão.
O movimento, dizem aliados de Lula, já ocorria antes dos atos golpistas protagonizados por bolsonaristas no dia 8 e é condizente com a tradição observada no mundo político em início de gestão.
No Senado não há amarras para parlamentares mudarem de partido, caso queiram. Na Câmara, é preciso entrar em acordo com a legenda ou esperar janela partidária para trocar de sigla, algo que só vai ocorrer em 2026, ou então conseguir aval da Justiça.
Segundo governistas, um grupo de parlamentares pode recorrer a essa última opção argumentando que houve desvio do programa partidário do PL, presidido por Valdemar Costa Neto, ao questionar o resultado das urnas.
O PL saiu das eleições de 2022 como maior bancada do Senado —com 14 senadores— e da Câmara —com 99 deputados. Parte considerável desse sucesso nas urnas se deve ao fato de o partido ter apostado na imagem de Bolsonaro para alavancar sua força no Congresso.
O grupo, porém, se divide entre os “bolsonaristas raiz”, ligados ao ex-presidente e com baixíssima probabilidade de conversas com o governo, e o “centrão raiz”, que já se aliou do PSDB de Fernando Henrique a Bolsonaro, passando pelo PT de Lula.
É esse o grupo alvo do atual governo, que busca isolar o bolsonarismo no Congresso.
Além de aliados de Lula, a Folha conversou reservadamente com integrantes do PL. Alguns negaram as conversas para adesão a Lula, outros confirmaram que elas existem.
Um ponto ressaltado por congressistas que dizem participar das negociações é o de que alguns parlamentares do PL afirmam que antes de uma adesão formal precisam passar por uma espécie de quarentena com seu eleitorado, majoritariamente antipetista.
Esse período seria necessário para a modulação do discurso e avaliação do terreno —uma decisão final envolve não só a relação Congresso-Executivo, mas as realidades eleitorais locais.
Nesse contexto, não haveria, entretanto, grandes entraves quanto a votar junto com o governo em pautas econômicas. Em temas da chamada pauta de costumes, os parlamentares manteriam posicionamento fiel ao de sua base de eleitores. Até porque Lula e seus aliados não têm indicado intenção de mexer com esses temas tão cedo.
Os atos golpistas de 8 de janeiro levaram ao realinhamento de algumas expectativas políticas no Congresso. No cenário traçado por alguns sob reserva, há risco inclusive para as eleições municipais de 2024, nas quais o PL espera conquistar mais prefeituras ainda sob efeito Bolsonaro.
Além do questionamento do resultado das urnas, o PL vive atualmente outro problema interno com os ataques ao Palácio do Planalto e aos prédios do STF (Supremo Tribunal Federal) e do Congresso.
Os deputados bolsonaristas recém-diplomados André Fernandes (PL-CE) e Silvia Waiãpi (PL-AP), além de Clarissa Tércio (PP-PE), se tornaram alvo da PGR (Procuradoria-Geral da República) por incitarem os atos golpistas.
Em 22 de novembro, Valdemar anunciou uma ação no TSE pedindo para serem desconsiderados votos de urnas eletrônicas consideradas “comprometidas”. O presidente do partido pautou a queixa em aparelhos usados no segundo turno, apesar de os mesmos equipamentos terem sido usados no primeiro turno.
O presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes, determinou que o questionamento contemplasse também o primeiro turno, mas o PL inicialmente desconsiderou a decisão e manteve a contestação apenas sobre o segundo turno.
Moraes, então, multou em quase R$ 23 milhões a coligação de Bolsonaro —posteriormente, o ministro excluiu PP e Republicanos da ação e concentrou a penalidade no PL.

Uma saída de parlamentares do PL tende a beneficiar siglas da centro-direita hoje sob a órbita lulista, como o PSD de Gilberto Kassab e a União Brasil de Luciano Bivar, assim como siglas menores, como o Solidariedade.
Como os partidos de esquerda somam apenas cerca de 25% da Câmara e do Senado eleitos, Lula distribuiu nove ministérios a PSD, MDB e União Brasil para tentar ter uma base mais ampla no Congresso.
Na União Brasil, há ainda forte resistência interna a aderir ao Palácio do Planalto, sob o argumento de que os ministros escolhidos atendem muito mais aos interesses do senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) do que ao partido como um todo.
Mesmo que todas essas siglas votem unidas com o governo, Lula precisará ainda contar com o apoio de integrantes do centrão, formado por PL, PP e Republicanos, para ter uma base realmente sólida, ou seja, que dê uma margem de folga para, por exemplo, aprovar emendas à Constituição (que precisa do apoio de ao menos 60% dos deputados e senadores).
O novo Congresso toma posse em 1º de fevereiro, ocasião em que ocorrem as eleições para os comandos das duas Casas. Arthur Lira (PP-AL), na Câmara, e Rodrigo Pacheco (PSD-MG), no Senado, são candidatos à reeleição e seguem favoritos a ficar mais dois anos nas respectivas funções.
Assinantes podem liberar 5 acessos por dia para conteúdos da Folha
Assinantes podem liberar 5 acessos por dia para conteúdos da Folha
Assinantes podem liberar 5 acessos por dia para conteúdos da Folha
Recurso exclusivo para assinantes
assine ou faça login
Leia tudo sobre o tema e siga:
Você já conhece as vantagens de ser assinante da Folha? Além de ter acesso a reportagens e colunas, você conta com newsletters exclusivas (conheça aqui). Também pode baixar nosso aplicativo gratuito na Apple Store ou na Google Play para receber alertas das principais notícias do dia. A sua assinatura nos ajuda a fazer um jornalismo independente e de qualidade. Obrigado!
Mais de 180 reportagens e análises publicadas a cada dia. Um time com mais de 200 colunistas e blogueiros. Um jornalismo profissional que fiscaliza o poder público, veicula notícias proveitosas e inspiradoras, faz contraponto à intolerância das redes sociais e traça uma linha clara entre verdade e mentira. Quanto custa ajudar a produzir esse conteúdo?
Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.
As principais notícias da semana sobre o cenário jurídico e conteúdos exclusivos
Carregando…
As principais notícias da semana sobre o cenário jurídico e conteúdos exclusivos
Carregando…
Importância do pré-natal para a saúde da gestante e do bebê
Bradesco Seguros desenvolve formato pioneiro de aprendizagem para corretores
Transmissão é caminho fundamental para energia renovável
Prioridades para 2023 incluem novas soluções em nuvem, IA e segurança
Soluções da Clara liberam empresas para foco total nos negócios
Em todo o ano, juntos pelo seu negócio
Vacilo no descarte de dados facilita ação de golpistas
Cartão de crédito versátil revoluciona pagamentos corporativos
Recurso exclusivo para assinantes
assine ou faça login
Dossiê aponta que integrantes das Forças foram a QG; OUTRO LADO: militares negam apoio a movimentos antidemocráticos
Recurso exclusivo para assinantes
assine ou faça login
Ação em 5 estados e no DF foi batizada de Lesa Pátria
Recurso exclusivo para assinantes
assine ou faça login
Situação do atleta, que negou anteriormente as acusações, será decidida por juiz

O jornal Folha de S.Paulo é publicado pela Empresa Folha da Manhã S.A. CNPJ: 60.579.703/0001-48
Copyright Folha de S.Paulo. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.
Cadastro realizado com sucesso!
Por favor, tente mais tarde!

source

Leave a reply