Pelé: Todos os jogos e os gols do Rei contra os times do Paraná – Um Dois Esportes

0
39

Não é assinante ainda? Aproveite
Pelé jogou 16 vezes contra equipes paranaenses e uma contra a seleção do estado. Foram 11 gols marcados. Você sabe histórias de algum desses jogos?
19/5/1957
Londrina 1×7 Santos

Os torcedores de Londrina tiveram o privilégio de ser os primeiros a ver o Rei do futebol em solo paranaense. O adolescente Pelé, de apenas 16 anos, deixou o banco de reservas durante a partida para marcar dois gols na goleada do Santos sobre o Tubarão.
“Naquela época, o Pelé não era nada além de um garoto. Tanto que nem fizemos entrevista com ele. Era reserva do Jair da Rosa Pinto e entrou só no segundo tempo”, recordou o radialista José Maria de Brito, que cobriu a partida, em entrevista à Gazeta do Povo no passado.

Londrina
Inacio; Saporto (Conceição) e Oswaldo; Douglas, Cortes e Gimenes; Alaor, Barras, Zé Carlos, Lube (Chico) e Armandinho.

Santos
Laércio (Barbosinha); Fioti, Getúlio (Gilvandro), Mourão (Ivan) e Brauner; Zito e Jair Rosa Pinto; Dorval (Breno), Álvaro (Pelé), Pagão e Pepe. Técnico: Lula.
20/6/57
Rio Branco 2×3 Santos

28/7/1957
Arapongas 1×3 Santos

21/12/1958
Coritiba 1×1 Santos

Na primeira passagem pela capital, em dezembro de 1958, o meia já era o Pelé que o mundo conheceu. Em junho, barbarizou na Copa da Suécia, com apenas 17 anos. Na decisão, com os donos da casa, marcou dois gols, um com matada no peito, chapéu e conclusão de primeira. Em amistoso com o Coritiba, no Belfort Duarte (atual Couto Pereira), fez o gol do Santos no empate por 1 a 1, já o 153º tento da ainda curta carreira.
11/10/1959
Santos 1×0 Coritiba

20/9/1961
Londrina 1×2 Santos

16/5/1965
Grêmio Maringá 1×11 Santos

Já era 1965 e Pelé era bi mundial pela seleção (1958 e 62) e pelo Santos (1962 e 63). Foi quando o esquadrão praiano foi convidado para celebrar o aniversário de 18 anos de Maringá, no Estádio Willie Davis. Como um convidado mal-educado, o Peixe meteu 11 a 1 nos locais e o camisa 10 marcou duas vezes. O bom zagueiro Roderley, que depois passou pelo Coxa, tem de contar até hoje como encarou a missão de marcar o Rei.
3/5/1967
Santos 3×0 Ferroviário

O Paraná Clube foi fundado só em 1989, quando Pelé já estava quase com 50 anos. Mesmo assim, é possível dizer que o Rei já “maltratou” também os paranistas. Em 1967, o Santos enfrentou o Ferroviário, antepassado do Tricolor. O jogo foi pelo Torneio Roberto Gomes Pedrosa, o Brasileiro da época. O Ferroviário participou como o campeão estadual e levou a pior: 3 a 0, um gol do camisa 10, o 838º.
13/11/1968
Brasil 2×1 Seleção Paranaense*

A seleção brasileira desembarcou em Curitiba e provocou verdadeiro alvoroço na cidade. Ninguém queria perder a movimentação dos craques que conquistariam o tricampeonato no México, em 70.

No antigo Belford Duarte, atual Couto Pereira, a seleção brasileira enfrentou o Coritiba, que jogou com a camisa da Federação Paranaense de Futebol, representando o estado do Paraná.

Pelé não fez gol, mas deu o gostinho para a torcida paranaense ver pela única vez o Rei com camisa da seleção em solo paranaense. Dirceu Lopes abriu o marcador para o escrete canarinho, aos 12/1º. Passarinho empatou, aos 32. Já na etapa final, aos 44, Zé Carlos decretou a vitória do conjunto nacional. O público pagante foi de 17.162 pessoas.

Seleção do Paraná: Joel; Deleu, Nico, Roderley e Ismael; Rossi (Lucas), Rinaldo, Passarinho e Kruger; Kosilek e Carlos Alberto (Wálter). Técnico: Francisco Sarno.

Brasil: Félix; Carlos Alberto, Jurandir, Dias e Paulo Henrique (Nilo); Rivelino (Dirceu Lopes), Gérson (Zé Carlos), Paulo Borges (Natal) e Jairzinho (Leivinha); Pelé (Tostão) e Paulo César. Técnico: Aymoré Moreira
22/10/1969
Coritiba 1×3 Santos

Pelo Torneio Roberto Gomes Pedrosa, Pelé faz dois e fica a cinco do milésimo gol. O jogo está no filme Pelé Eterno.
10/1/1970
Coritiba 1×3 Santos

A poucos meses de conquistar o tri mundial no México, o Rei marca um gol no amistoso no Alto da Glória.
28/10/1970
Athletico 1×0 Santos

27/10/1971
Coritiba 1×0 Santos

Primeira fase do Brasileiro de 1971, jogo no Belfort Duarte, hoje Couto Pereira. Quem foi ver Pelé, viu Tião Abatiá.

O eterno parceiro de Paquito, desde os tempos de União Bandeirante, foi o autor do gol isolado na vitória alviverde diante do poderoso Peixe. Aos 18/1º, Tião partiu pela esquerda e soltou um torpedo que fez explodir as mais de 30 mil pessoas no estádio.

Coritiba: Carvalho; Pescuma, Cláudio, Hermes e Nilo; Renatinho, Leocádio e Hidalgo; Paquito (Reinaldinho), Tião Abatiá e Rinaldo. Técnico: Tim.

Santos: Carlos; Orlando, Oberdan, Ramos Delgado e Rildo; Lima, Davi e Clodoaldo; Mazinho, Pelé e Edu. Técnico: Mauro Ramos.
16/9/1973
Santos 2×0 Athletico

16/9/1973
Athletico 0x2 Santos

Era a primeira fase do Brasileiro e o Santos, treinado por Pepe, ex-companheiro de ataque de Pelé no Santos e na seleção, veio enfrentar o Rubro-Negro do técnico Vail Mota. Jogo no Belfort Duarte, hoje Couto Pereira.

O Furacão não resistiu diante da representação do Peixe e acabou batido por 2 a 0, gols de Edu e Mazinho. Pelé passou em branco, mas levou perigo ao gol atleticano algumas vezes.

No Furacão, destaque para o zagueiro Alfredo, o lateral-esquerdo Julio, os meias Didi Duarte e Sérgio Lopes e o atacante Buião.

Athletico: Gainete; Vanderlei, Alfredo, Di e Julio; Sérgio Lopes, Caio e Didi Duarte; Renatinho (Bira Lopes), Buião e Taquinho. Técnico: Vail Mota.

Santos: Carlos; Carlos Alberto Torres, Vicente, Hermes e Zé Carlos; Clodoaldo, Leo Oliveira e Nenê Belarmino (Brecha); Edu, Pelé e Mazinho. Técnico: Pepe.
11/11/1973
Athletico 0x1 Santos

Em 1973, o Athletico teve o privilégio de enfrentar Pelé duas vezes. Dois meses depois do primeiro confronto, nova derrota rubro-negra para o Santos. E a diferença dessa vez foi Pelé.

O Rei deixou a sua marca, anotando o gol isolado do confronto, já no finalzinho, aos 37 minutos do segundo tempo.

Um fato que chamou atenção é que a torcida mirim atleticana não quis saber de sair na foto antes do jogo com o time do Atlético. A gurizada toda correu pra sair no registro junto com o Rei, na foto posada do Peixe.

Athletico: Gainete; Di, Alfredo, Júlio e Ladinho; Torino, Lourival, Sidnei e Caio; Didi Duarte e Benê (Bira Lopes). Técnico: Lanzoninho.

Santos: William; Vicente, Hermes, Roberto e Carlos Alberto Torres; Leo Oliveira, Clodoaldo, Eusébio (Nenê Belarmino); Edu, Pelé e Mazinho. Técnico: Pepe.
18/11/1973
Coritiba 1×2 Santos

O Coxa abriu o placar com Zé Roberto, Pelé empatou e ainda deu o passe de voleio do meio-campo para o gol de Edu.
Pelé foi tricampeão mundial pela seleção brasileira da Copa do Mundo, em 1958, na Suécia, em 1962, no Chile e, por fim, em 1970, no México. Fez 114 partidas representando o Brasil e anotou 95 gols.
Fez história, também, com a camisa do Santos, seu único clube no país. Foram 1116 jogos pelo Peixe e 1091 gols. Pelé ainda defendeu o New York Cosmos, dos Estados Unidos, já em fim de carreira, onde atuou por 111 vezes e mandou 65 bolas para as redes.
Ao todo, foram 1.366 jogos e marcou um total de 1.282 gols,
Na última sexta-feira (2), Pelé foi diagnosticado com uma infecção respiratória. Na quarta-feira anterior, Kelly Nascimento, filha de Pelé, usou as redes sociais para se manifestar sobre a saúde do pai, como tem feito em alguns casos. As informações sobre seu estado de saúde são restritas.
“Há muitos alarmes na mídia hoje (nesta quarta) sobre a saúde do meu pai. Ele está no hospital regulando a medicação. Alguns dos meus irmãos estão visitando o Brasil. Não tem surpresa nem emergência. Estarei lá no Ano Novo e prometo postar algumas fotos. Agradecemos muito todo carinho e amor que vocês transmitem”, escreveu Kelly.
Pelé iniciou tratamento contra um tumor no cólon em 2021. Pelé já foi submetido a uma cirurgia para retirada do tumor, em setembro do ano passado. Sua saúde já havia sido assunto no início do ano, quando exames constaram a metástase que atinge o intestino, pulmão e o fígado. Dia 20, quando começou a Copa, Pelé postou nas redes sociais sobre os 100 anos de sua mãe, Dona Celeste.
“O difícil, o extraordinário, não é fazer mil gols, como Pelé. É fazer um gol como Pelé”.
Carlos Drummond de Andrade, poeta
“No momento que a bola chega aos pés de Pelé, o futebol se transforma em poesia”.
Pier Paolo Pasolini, cineasta
“Pelé é um dos poucos que contradizem minha teoria: em vez de quinze minutos de fama, ele terá quinze séculos.”
Andy Warhol, artista
“Meu nome é Ronald Reagan, sou o presidente dos Estados Unidos da América. Mas você não precisa se apresentar, porque todo mundo sabe quem é Pelé.”
Ronald Reagan, presidente dos EUA
“Da Sibéria à Patagônia todo mundo conhece Pelé”.
Vinícius de Moraes, compositor
“Perguntem a qualquer zebra de Jardim Zoológico: ‘Qual é o maior jogador do mundo?’. Todas as zebras dirão, numa cálida unanimidade: ‘Pelé’.” (…) “Do esquimó ao chinês, do russo ao alemão, do patagônio ao egípcio, todos acham que Pelé realmente é o grande craque do presente, do passado e do futuro.”
Nelson Rodrigues, escritor
“Posso ser um novo Di Stéfano, mas não posso ser um novo Pelé. Ele é o único que ultrapassa os limites da lógica.”
Johan Cruyff, craque da Holanda
“Jogava com grande objetividade. Seu futebol não admitia excessos, enfeites nem faltas. Ele quase não fazia embaixadas, não driblava para os lados, mas sempre em direção ao gol. Quando tentavam derrubá-lo, não caía, devido à sua estupenda massa muscular e equilíbrio.
Tostão, ex-jogador e cronista
“Pelé foi um jogador excepcional, estupendo. Nós, brasileiros, devemos dar graças a Deus por ele ter nascido aqui.” Zico, ex-jogador
Apenas assinantes podem salvar para ler depois
Saiba mais em Minha Gazeta
Você salvou o conteúdo para ler depois
As notícias salvas ficam em Minha Gazeta na seção Conteúdos salvos. Leia quando quiser.

source

Leave a reply