Petróleo sobe após a China sinalizar mudanças na política contra a covid – Bloomberg Línea Brasil

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Preços se recuperam depois da queda na segunda-feira, com a indicação de Pequim de que pode reforçar a vacinação de idosos
Poço de petróleo.Preocupações com a demanda chinesa afetam os preços do petróleo(Bloomberg via Getty Images/Andrey Rudakov)
Bloomberg — O petróleo subiu no início da manhã desta terça-feira (29) depois de a China reavaliar sua estratégia para lidar com a covid-19 após protestos generalizados contra restrições rígidas. Os investidores ainda aguardam uma reunião da Opep+, grupo que reúne os maiores países produtores de petróleo e seus aliados, que pode levar a um corte na produção para enfrentar uma possível queda da demanda no mercado.
O petróleo West Texas Intermediate (WTI) subia acima de US$ 79 o barril (às 8h50 do horário de Brasília), revertendo uma queda do dia anterior. O Brent subia para US$ 85,56, com alta de 2,85%. Pequim disse que reforçaria a vacinação entre os idosos, uma medida considerada por especialistas em saúde como crucial para a reabertura da economia. Os preços do petróleo caíram na segunda-feira, após a onda de protestos no fim de semana na China, que é o maior importador de petróleo do mundo.
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A Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados, incluindo a Rússia, podem considerar cortes na produção quando os membros do grupo se reunirem neste fim de semana, aprofundando as restrições tomadas na última vez que os membros se reuniram em outubro. A reunião precede as restrições da União Europeia ao petróleo russo. O bloco europeu busca chegar a um acordo para definir um teto no preço do petróleo da Rússia.
O petróleo caiu cerca de 9% este mês. Preocupações de que uma política monetária mais rígida desacelere o consumo, bem como dúvidas sobre a demanda na China, levaram a Opep+ a anunciar um grande corte na produção no mês passado, e os delegados do grupo agora dizem que reduções adicionais podem ser uma opção.
Enquanto isso, a curva de contratos futuros de petróleo mudou nas últimas semanas, apontando para um mercado mais fraco do que antes.
“A estrutura do mercado aparentemente justifica uma redução mais profunda”, da Opep+, disseram analistas da RBC Capital Markets, incluindo Helima Croft, em nota aos clientes. “A mesma dinâmica sobre a qual a Opep expressou preocupação há quase dois meses agora é visível na curva futura.”
Os observadores do mercado estão avaliando o próximo passo da aliança. A consultoria especializada FGE disse que o grupo pode decidir reduzir a produção em mais 2 milhões de barris no encontro de 4 de dezembro. Já a consultoria RBC avalia que a Opep pode reduzir a produção em até 1 milhão de barris ou manter os níveis atuais, sem realizar cortes, dependendo em parte de como os preços evoluírem esta semana.
— Com colaboração de Serene Cheong.
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