PGR denuncia 5 por atos extremistas no STF – Poder360

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4 deles foram presos em flagrante dentro da Corte e tiveram a prisão convertida em preventiva
A PGR (Procuradoria Geral da República) enviou ao STF (Supremo Tribunal Federal) nesta 4ª feira (18.jan.2023) denúncias contra 5 pessoas por envolvimento nos ataques extremistas à sede da Corte, no 8 de Janeiro.
O órgão indica o cometimento dos seguintes crimes:
Do grupo, 4 foram presos em flagrante dentro do prédio do STF. Eles tiveram a prisão convertida em preventiva (sem prazo para acabar) depois de passarem por audiência de custódia.
A 5ª pessoa foi identificada em vídeo segurando a réplica da Constituição. O exemplar foi devolvido por um cidadão em Varginha (MG), e entregue pelo ministro da Justiça, Flávio Dino, ao STF em 13 de janeiro.
“Como quatro dos cinco denunciados foram detidos dentro da sede do STF, no momento em que os atos de vandalismo ainda eram praticados, a individualização da conduta de cada um e a coleta das provas foram agilizadas, possibilitando a apresentação das primeiras denúncias apenas cinco dias após os ataques”, disse o MPF, em nota.
Com a continuidade das investigações, as pessoas do grupo podem vir a ser denunciadas por outros crimes, como organização criminosa, terrorismo e agressão a policiais e jornalistas, segundo o MPF.
As denúncias foram assinadas pelo subprocurador-geral da República Carlos Frederico Santos, responsável por coordenar o Grupo Estratégico de Combate aos Atos Antidemocráticos, criado pelo procurador-geral da República, Augusto Aras, depois da invasão aos prédios dos Três Poderes.
O MPF afirmou que, nos próximos dias, devem ser apresentadas denúncias contra outros envolvidos nos atos.
Na 2ª feira (16.jan), a PGR havia denunciado 39 extremistas de direita que invadiram o Senado Federal durante os atos de vandalismo na Praça dos Três Poderes, no 8 de Janeiro. Foram as primeiras denúncias apresentadas ao STF.
Por volta das 15h de domingo (8.jan.2023), extremistas de direita invadiram o Congresso Nacional depois de romper barreiras de proteção colocadas pelas forças de segurança do Distrito Federal e da Força Nacional. Lá, invadiram o Salão Verde da Câmara dos Deputados, área que dá acesso ao plenário da Casa. Equipamentos de votação no plenário foram vandalizados. Os extremistas também usaram o tapete do Senado de “escorregador”.
Em seguida, os radicais se dirigiram ao Palácio do Planalto e depredaram diversas salas na sede do Poder Executivo. Por fim, invadiram o STF (Supremo Tribunal Federal). Quebraram vidros da fachada e chegaram até o plenário da Corte, onde arrancaram cadeiras do chão e o Brasão da República –que era fixado à parede do plenário da Corte. Os radicais também picharam a estátua “A Justiça”, feita por Alfredo Ceschiatti em 1961, e a porta do gabinete do ministro Alexandre de Moraes.
Os atos foram realizados por pessoas em sua maioria vestidas com camisetas da seleção brasileira de futebol, roupas nas cores da bandeira do Brasil e, às vezes, com a própria bandeira nas costas. Diziam-se patriotas e defendiam uma intervenção militar (na prática, um golpe de Estado) para derrubar o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
A organização do movimento havia sido monitorada previamente pelo governo federal, que determinara o uso da Força Nacional na região. Pela manhã de domingo (8.jan), 3 ônibus de agentes de segurança estavam mobilizados na Esplanada. Mas não foram suficientes para conter a invasão dos radicais na sede do Legislativo.
Durante o final de semana, dezenas de ônibus e centenas de carros e pessoas chegaram à capital federal para a manifestação. Inicialmente, o grupo se concentrou na sede do Quartel-General do Exército, a 7,9 km da Praça dos Três Poderes.
Depois, os radicais desceram o Eixo Monumental até a Esplanada dos Ministérios a pé, escoltados pela Polícia Militar do Distrito Federal.
O acesso das avenidas foi bloqueado para veículos. Mas não houve impedimento para quem passasse caminhando.
Durante o domingo (8.jan), policiais realizaram revistas em pedestres que queriam ir para a Esplanada. Cada ponto de acesso tinha uma dupla de policiais militares para fazer as revistas de bolsas e mochilas. O foco era identificar objetos cortantes, como vidros e facas.
Desde o resultado das eleições, extremistas de direita acamparam em frente a quartéis em diferentes Estados brasileiros. Eles também realizaram protestos em rodovias federais e, depois da diplomação de Lula, promoveram atos violentos no centro de Brasília. Além disso, a polícia achou materiais explosivos em 2 locais da capital federal.



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