PL vê no radicalismo um risco ao futuro de Bolsonaro – VEJA

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Valdemar Costa Neto conhece o céu e o inferno da política. Num momento, ajudou a fazer o industrial mineiro José Alencar vice-presidente de Lula na campanha de 2002. Meses depois estava preso por causa do mensalão, e numa cela organizou a lista de candidatos do seu partido.
Dono do Partido Liberal, Costa Neto adotou a candidatura de Jair Bolsonaro à reeleição. Em troca, recebeu fatias do orçamento e de cargos no governo. Surpreendeu-se com a derrota: “Pensávamos que íamos ganhar. Quando perde uma eleição como essa… É uma tristeza.”
Bolsonaro perdeu para Lula, mas o PL de Costa Neto tornou-se o maior partido na Câmara e no Senado: aumentou de 76 para 99 o número de deputados e de 8 para 14 senadores. Virou, também, o maior reduto dos bolsonaristas, que estima em 40% da bancada parlamentar.
No dia seguinte à eleição, segunda-feira (31), visitou Bolsonaro. Deu-lhe um título no organograma do PL (presidente de honra) e prometeu ao futuro ex-presidente salário de executivo — casa em Brasília e advogados ficaram fora da conta.
Costa Neto tem seus motivos: “É nosso capitão, vamos segui-lo. Um cabo eleitoral de 58 milhões de votos não é fácil” — explicou, ontem, em Brasília.
Com metade dos 73 anos de vida na política profissional, ele enxerga em Bolsonaro um possível candidato presidencial em 2026. Mas sorri na ressalva: “O bolsonarismo está crescendo muito, tá ficando maior que o Bolsonaro, e nós precisamos trabalhar para que as pessoas não atravessem o samba, não ultrapassem os limites.”
Refere-se às manifestações radicais de golpistas nas ruas, avenidas e estradas em todo o país. Costa Neto demonstra preocupação com o potencial desgaste que a facção de extrema-direita está impondo a Bolsonaro no fim de mandato: “Não podem causar prejuízos às pessoas e à economia do país, tem que ser dentro da lei.”
Votos da eleição passada não se repetem, necessariamente, na próxima. Costa Neto teme que o radicalismo leve a uma rápida desvalorização do maior ativo eleitoral do PL. Em sete semanas, Bolsonaro estará de volta à planície da política — sem poder, sem mandato e acossado por ações judiciais.
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