Polarização política marca diplomação dos eleitos em Mato Grosso do Sul – Correio do Estado

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Política
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Solenidade atesta a vitória nas urnas pelo voto popular nas Eleições Gerais 2022
20/12/2022 18h15
BIANKA MACÁRIO
Gerson Oliveira
Na solenidade de diplomação dos candidatos eleitos em Mato Grosso do Sul, nas Eleições Gerais 2022, que ocorreu na noite de segunda-feira (19) as manifestações políticas se fizeram presentes por apoiadores do atual presidente Jair Bolsonaro (PL) e do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), evidenciando a polarização política presente no país.
Em meio aos discursos dos eleitos, muito foi falado sobre o trabalho para reestabelecer a democracia que se encontra em momento delicado. Contudo, Marcos Pollon (PL), o deputado federal eleito com o maior número de votos, fez fala polêmica que elevou os ânimos dos presentes, que reagiram a gritos dizendo, “golpista”, vaias e aplausos. 
“Em que pese as divergências, temos no parlamento, 100% dos votos e lá temos a legitimidade de lutar por um Brasil, mais próspero, mais feliz e mais livre. Espero que a atuação na Câmara que não fuja do meu mistério de defender a liberdade dos nossos filhos, e dos filhos dos nossos filhos, para que eles não cresçam em um País onde tomar a eleição é diferente de ganhar. Para que não cresçam em um país onde gíria de bandido sai da boca de ministro”, disse. 
A frase faz menção ao ministro Luís Roberto Barroso, que reagiu a um manifestante que contestava a legitimidade das urnas eletrônicas em Nova Iorque, dizendo, “Perdeu mané, não amola”. 
Outro deputado federal, Rodolfo Oliveira Nogueira, o Gordinho do Bolsonaro, deixou o palco sob vaias e aplausos ao gritar o sobrenome do atual presidente que não foi reeleito.
Aqueles que fizeram gestos de apoio a Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que tomará posse em 1º de janeiro, como o deputado estadual José Orcírio Miranda dos Santos, Zeca do PT, a deputada federal Camila Jara (PT) e o deputado Vander Loubet (PT), também deixaram o palco sob vaias e aplausos da plateia. 
A diplomação dos eleitos é um momento em que com o documento em mãos, os eleitos  estarão habilitados a tomar posse no dia 1º de janeiro, podendo exercer os mandatos conferidos pelo voto popular no segundo turno das Eleições Gerais de 2022.
Diplomação
Na ocasião, que aconteceu no Ondara Palace, foram diplomados os 24 deputados estaduais, os 8 deputados federais, a senadora eleita Tereza Cristina (Progressistas) e os suplentes, além do vice-governador José Carlos Barbosa, o Barbosinha (PP) e o governador Eduardo Riedel (PSDB).
Eleições
O governador eleito voltou a afirmar que está adotando critérios técnicos para a escolha do secretariado, aliados discordam
21/12/2022 08h00
Eduardo Riedel anunciou mais cinco secretários ontem Marcelo Victor
Apesar das reuniões com as lideranças do PT e do PP nos últimos dias, quando foi cobrado por mais espaços para ambos os partidos na sua gestão, o governador eleito Eduardo Riedel anunciou, na manhã de ontem, cinco novos nomes para o primeiro escalão do seu governo e não contemplou nenhuma das legendas.
Entre os nomes anunciados foram mantidos Carlos Videira, na Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), Jaime Verruck, na Secretaria Estadual de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), e Carlos Girão, na Controladoria-Geral do Estado (CGE).
Além disso, ele também divulgou os nomes do deputado estadual eleito Pedro Caravina (PSDB) para a Secretaria Estadual de Governo (Segov) e do médico Maurício Corrêa para a Secretaria de Estado de Saúde (SES), ou seja, nenhum dos nomes anunciados contemplou o PP ou o PT.
Ainda faltam os nomes para ocuparem a Secretaria de Estado de Educação (SED), a Secretaria de Estado de Direitos Humanos e Assistência Social (Sedhas) e a Secretaria Estadual de Turismo, Esporte, Cultura e Cidadania (SETESCC).
Questionado sobre o porquê de não ter ainda contemplado os partidos aliados, Eduardo Riedel negou que esteja tendo qualquer tipo de dificuldade para a escolha do seu secretariado.
“Trata-se de um processo em que estou buscando formar um time mais diligente possível, para gerar o resultado que queremos para Mato Grosso do Sul. A conversa com os partidos aliados está se dando de maneira muito natural e com muita compreensão dos nossos objetivos”, assegurou.
Ele completou ainda que os partidos aliados serão contemplados, porque o governo tem ao longo da sua estrutura setores centrais sob condução de pessoas que conhecem muito bem cada dimensão da sua área de atuação para que possam indicar pessoas também com critério técnico e com responsabilidade para integrar a política pública.
“Não vejo nenhuma dificuldade de discussão com os partidos aliados sobre espaço na minha gestão, pelo contrário, diversas áreas estão sendo tratadas com os secretários já escolhidos”, garantiu.
O governador eleito ainda considerou natural que neste momento se tenha cautela e cuidado na escolha do seu secretariado, pois é um tempo muito curto entre o 2º turno das eleições e o início da sua gestão.
“A discussão em relação aos nomes tem mais a ver com discussão de projetos, mas é claro que estamos tendo conversas com os partidos aliados, mas não está tendo nenhuma dificuldade”, afirmou.
No entanto, tanto o PP quanto o PT não estão muito satisfeitos com a fórmula adotada por Eduardo Riedel para a escolha do seu secretariado.
Na manhã dessa segunda-feira, a senadora eleita Tereza Cristina (PP-MS) reuniu-se com o governador eleito para cobrar espaço para o partido na futura administração estadual e também fechar consenso para a eleição do deputado estadual reeleito Gerson Claro para ser o novo presidente da Assembleia Legislativa a partir do próximo ano.
“Sentamos com Riedel para apresentar quadros do PP para sua administração e sobre a nossa escolha para a presidência da Assembleia Legislativa. Ter um partido dialogando com consenso mostra como o Progressistas está forte e unido para trabalhar por Mato Grosso do Sul”, defendeu a senadora eleita, revelando ainda que a reunião também serviu para que o partido e o governador eleito pudessem discutir questões referentes à próxima gestão estadual.
Os nomes do PP cotados para assumir cargos na gestão de Riedel são o ex-presidente da Famasul, Ademar da Silva Júnior, o primeiro-suplente de deputado federal Walter Carneiro, que atualmente é o diretor-presidente da Sanesul e gostaria de continuar no cargo, o secretário-geral do partido, Marco Aurélio Santullo, e o deputado federal reeleito Luiz Ovando, que poderia assumir a SES, mas já foi preterido.
Já o PT não gostou de ser lembrado apenas para ocupar uma secretaria executiva, um cargo que não é considerado substancial, o que coloca em dúvida o apoio da bancada petista ao governo Riedel na Assembleia Legislativa.
“É um desprezo anunciar praticamente toda a equipe do primeiro escalão e não contemplar o PT. Classifico como um preconceito político, ideológico e social contra o nosso partido, mesmo dizendo que reconhece a importância que a legenda teve na eleição dele no 2º turno. Se não fosse o PT, Riedel não seria o governador diplomado na noite de segunda-feira”, assegurou o deputado estadual eleito Zeca do PT.
O ex-governador ainda garantiu à reportagem do Correio do Estado que disse pessoalmente ao governador eleito que ou ele contemplava o PT com uma proposta decente e de respeito para levar o partido para dentro do governo dele ou então a bancada vai ficar independente, votando a favor daquilo que considerar importante e não votando naquilo que considerar sem importância ou equivocado, como tem de ser.
“Sinceramente, eu considero até melhor que fique assim, mas vamos ver o que vai acontecer nos próximos dias. Mas, sinceramente, não me sinto contemplado”, declarou.
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GOVERNO FEDERAL
Ministro pediu demissão do cargo que ocupava desde junho de 2020
21/12/2022 07h45
DIVULGAÇÃO
O ministro das Comunicações, Fábio Faria, pediu demissão do cargo que ocupava desde junho de 2020. Não foi nomeado um substituto.
A portaria na edição de hoje do DOU (Diário Oficial da União) é assinada pelo presidente Jair Bolsonaro (PL).
Fábio Faria é deputado federal desde 2007, mas se licenciou do cargo para chefiar o Ministério das Comunicações.
Ele foi um dos ministros mais próximos de Bolsonaro:
– Em março, ele deixou o PSD, onde estava desde 2011, pela falta de apoio da legenda ao presidente Bolsonaro
– Nas eleições, Fábio Faria foi um dos coordenadores da campanha de Jair Bolsonaro à reeleição
– Antes do segundo turno, ele acusou rádios de prejudicar Bolsonaro ao não veicular a propaganda eleitoral do PL
– Depois, disse se arrepender de levantar suspeitas sobre inserções em emissoras de rádio.
O ex-ministro do governo Bolsonaro é filho do ex-governador do Rio Grande do Norte Robinson Faria e é casado com Patrícia Abravanel, filha do empresário Silvio Santos.
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