Política ambiental deve apontar para desenvolvimento econômico, prega Joaquim Leite na COP27 – Rádio Guaíba

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No Egito, atual ministro do Meio Ambiente destacou ainda que governos não podem fazer política com ‘discurso populista’
O ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, disse, nesta terça-feira, na 27ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP27) que o mundo deve caminhar para uma política ambiental racional que mire o desenvolvimento econômico. Para Leite, mesmo com “enormes desafios”, o Brasil avançou ao investir em soluções climáticas e ambientais “lucrativas para as empresas, as pessoas e a natureza”.
“O Brasil acredita que o mundo deve caminhar para uma política ambiental racional, não na redução de emissões extremamente forçada, via taxas e custos a vários setores econômicos, com risco de geração de inflação verde e aumento da pobreza”, disse Leite. O ministro coordena a delegação do Brasil no evento que acontece em Sharm el-Sheikh, no Egito.
Ele também citou o mercado regulado de carbono e a monetização dos ativos ambientais como potência nacional que vai colocar o Brasil na liderança da compensação de emissões na exportação de créditos de carbono para países e empresas que poluem.
Além disso, elencou como avanços dos últimos anos o Novo Marco do Saneamento e Resíduos, os resultados do programa Lixão Zero e as iniciativas de pagamentos por serviços ambientais, como a reciclagem.
Para Joaquim Leite, é responsabilidade dos governos “atuar nesta agenda com racionalidade sem discursos populistas e utópicos”. Ele também citou como exemplo de política pública de sucesso o financiamento para a renovação de frotas de caminhões, carros, tratores e embarcações.
Sobre as energias verdes, tema da participação brasileira na conferência deste ano, o ministro citou que o Brasil conta com a matriz energética mais limpa dentre as grandes nações, com 85% de geração de energia de fontes renováveis. O potencial, entretanto, é muito maior, sobretudo na ampliação da geração de solar e eólicas em terra e no mar.
Os debates da COP27 foram iniciados no dia 6 de novembro e vão até sexta-feira. O objetivo dos ambientalistas e dos países em desenvolvimento é fazer com que os países mais ricos se comprometam com a criação de um fundo para cobrir os danos causados pelo aquecimento global.
Nesta semana, o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), também participa da COP27, no Egito. Além do petista, viajaram os senadores Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e Renan Calheiros (MDB-AL) e a deputada federal eleita por São Paulo Marina Silva.
O convite partiu do Consórcio de Governadores da Amazônia Legal. No evento, a expectativa é que Lula, diante de líderes mundiais, reforce compromisso com a agenda ambiental.

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